Muitos vêm se desfazendo de itens como ‘globo da morte’ e trailers de moradia. Sem o dinheiro da bilheteria – que, até então, era a única fonte de renda do setor – eles estão procurando outros trabalhos, desde a revenda de produtos até a prática de serviços rurais, como colheita de café.
Por: PEDRO BOHNENBERGER (pedro.bohnenberger@cbn.com.br)
Via: CBN

Respeitável público: desta vez, o espetáculo não vai começar.
A pandemia fechou mais de 500 circos no Brasil e deixou 10 mil artistas sem renda. Há mais de um ano, profissionais como palhaços, malabaristas, trapezistas, equilibristas e ilusionistas estão sem o dinheiro da bilheteria, a única fonte de renda do setor.
Por serem itinerantes, artistas circenses vivem na estrada, nas cidades de exibição, em tendas e trailers. No momento em que a recomendação é ficar em casa, eles estão tendo que vender o próprio lar para não passar fome. Trailers, caminhões e vários outros itens estão sendo vendidos como última alternativa para conseguir renda.
Patrícia das Graças de Souza é um exemplo. O circo dela está no interior de São Paulo. Ela conta que precisou vender até o ‘globo da morte’.
“Com essa pandemia, ficou muito difícil as coisas (sic). A gente teve que vender alguns objetos pra gente não passar dificuldades. Vendemos o globo da morte e uma carreta para o ferro velho, porque não estava entrando dinheiro de nenhum lado”, lamenta.
O palhaço Rodrigo Augusto precisou aposentar o nariz vermelho e a maquiagem. Hoje, ele compra e revende mel para conseguir dinheiro para a família, que está em um circo do Sul de Minas. Ele conta que essa é a realidade de muitos artistas.
“Os artistas tiveram que, obrigatoriamente, arrumar uma outra profissão. O trapezista, hoje, está trabalhando no açougue. A bailarina trabalha no supermercado. Porque, no começo da pandemia, o povo ajudou o circense, senão seria pior. Só que agora chegou o momento em que o povo precisa de ajuda também, então ninguém ajuda ninguém. O circo já vinha respirando por aparelhos e me aparece uma pandemia dessas. Acho que muitos não voltarão”, avalia.
Já o mágico Diogo Mariano teve que vender o trailer em que morava. Ele conta que os artistas já tentaram vários trabalhos alternativos, até serviços rurais, mas que, depois de um ano, a situação está muito difícil.
“A gente tentou vender maçã do amor, pipoca, essas coisas. Mas, como é bastante tempo, mais de um ano, as pessoas acabam enjoando. Na época da colheita de café, alguns trabalharam na colheita, na diária de apanhador de café, mas não se deram muito bem, porque não têm a prática do negócio.”
Desde o início da pandemia, os circos enfrentaram problemas por não terem onde ficar nas cidades. Após negociações com as prefeituras e donos dos terrenos, eles conseguiram permanecer ainda por um ano onde estavam. Mas, esse tempo já passou, e a ameaça de despejo voltou a rondar as famílias, como explica a presidente da Rede de Apoio ao Circo no Brasil, Sula Mavrudis.
“No Brasil inteiro, neste momento, prefeitos têm se manifestado pedindo a retirada dos circos das cidades. É muito grave isso, você expulsar pessoas que não têm para onde ir, você sabendo que eles são nômades e que são povos tradicionais. Eu acho que isso infringe todas as leis da nossa Constituição. E eles não têm para onde ir. Então, o grande problema é: ir para onde?”, questiona.
A situação é semelhante com parques itinerantes, aqueles que vão de cidade em cidade com brinquedos como roda-gigante e o carrinho de bate-bate. O dono de um parque, Cláudio Emanuel, conta que já acumulou mais de R$ 100 mil em dívidas, entre contratos trabalhistas e manutenção dos brinquedos. Cláudio diz que, mesmo quando puder voltar a trabalhar, a situação não vai ser fácil.
“A expectativa da gente é de perda de mais este ano ainda, porque com a vacinação da maneira que está… A gente acha que quando voltar vai ser muito complicado. O poder aquisitivo, a renda do pessoal, também sumiu, ninguém tem dinheiro pra nada, e a gente é uma coisa supérflua, com esse auxílio aí, que mal dá para o pessoal comer… ”
Grande parte dos artistas circenses e donos de parques não conseguiram acesso aos benefícios federais, como a Lei Aldir Blanc. Segundo os artistas, muitos não têm familiaridade com tecnologia e por isso, não sabem fazer os projetos exigidos pelo governo federal, ou não atendem aos critérios, por acumularem dívidas com a União durante a pandemia.
A CBN entrou em contato com a Secretaria Especial de Cultura do governo federal para saber quais medidas o Estado pretende tomar para ajudar os artistas. Mas, até a finalização da reportagem, não houve retorno.
Aula Aberta online de abertura do curso MBA em Gestão e Produção Cultural.
/0 Comentários/em Destaques /por Comunicação ABGCSeja bem-vindo ao espaço de inscrição para a Aula Aberta online de abertura do curso MBA em Gestão e Produção Cultural.
Teremos a presença do Secretário de Cultura do município do Rio de Janeiro, Sr. Marcus Faustini, e o Diretor Executivo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Sr. Fábio Szwarcwald, para falar sobre os “Desafios para a retomada da produção cultural carioca no cenário pós-pandêmico”, no dia 24 de abril, às 10h, ao vivo!
Oscar 2021 coloca streaming na frente do cinema
/0 Comentários/em Noticias /por Comunicação ABGCCom salas de cinema fechadas, Netflix e Amazon Prime Video concorrem em todas as categorias com os estúdios tradicionais
Por: Ana Weiss
Via: O Especialista
O Oscar 2021 representa uma vitória para as produções de streaming, independentemente da distribuição das estatuetas cerimônia do próximo dia 25. Netflix, Amazon Prime Video concorrem em todas as categorias, inclusive as principais, com mais indicações que os estúdios tradicionais.
O fechamento das salas de cinema no último ano acelerou a expansão dos canais sobre o terreno que antes pertencia às produções para as grandes telas.
Estreias foram adiadas para depois do Oscar
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood ampliou a janela de estreia para os filmes do cinemão, atrasando em dois meses a entrega do Oscar. Não adiantou muito. Várias das grandes apostas ainda não estrearam na maior parte do mundo.
A principal candidata a melhor filme da indústria, ‘Nomadland’, da Disney, tinha alguma chance de estrear nas 128 salas de cinema abertas no Brasil este mês. Com o agravamento da pandemia no país, agora a produção tem chance de estrear via streaming.
O problema é que a Disney +, empresa do mesmo grupo, avaliou que a superprodução escapa da proposta de seu catálogo de streaming para quase todas as praças onde atende.
Guerra do cinema contra o streaming
Há três anos, as plataformas de streaming quase foram chutadas para fora do Oscar. Para poderem concorrer, a Academia exigiu que suas produções próprias fossem exibidas também no cinema.
O resultado é que filmes feitos para os canais por assinatura, como ‘Roma’, de Alfonso Cuarón, eram exibidos por algum tempo em três ou quatro salas de cinema (muitas delas vazias, mesmo com a entrada franca). Mesmo antes da pandemia, o público preferia ver os filmes em casa.
A crise sanitária acelerou um movimento que já estava em curso na indústria cinematográfica. Com 3% das salas de cinema podendo abrir na segunda quinzena de abril, é possível que os filmes de estúdio possam ser vistos nas salas de projeções já com o reconhecimento (ou não) do Oscar. Como nos anos 1980. Ou nos canais de streaming. Se eles toparem
Indicados ao Oscar disponíveis em streaming
Netflix
Disney +
Amazon Prime Video
Apple TV+
Youtube
Globo Play
Telecine Play
LANÇAMENTO MHN | O Museu Histórico Nacional disponibiliza o terceiro volume da série de livros digitais “Educação museal: conceitos, história e políticas”
/0 Comentários/em Noticias /por Comunicação ABGCPor: Museu Histórico Nacional
Via: Facebook.com
Com o tema “Sistematização da educação museal: planejamento, registro e avaliação de ações educativas museais & Teoria educacional, formação, pesquisa e comunicação na educação museal”, a edição tem prefácio da doutora em Ciências Maria Esther Alvarez Valente e traz textos de educadores da Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, além de uma contribuição internacional (México).
“O livro contempla uma profusão de ideias e iniciativas que nos deixam orgulhosos da direção que diferentes profissionais de museus, imbuídos do mesmo espírito renovador, tomam para consolidação do campo de conhecimento da Educação Museal”, aponta a professora Maria Esther no seu prefácio.
Organizada por Andréa Costa, Fernanda Castro e Ozias Soares, a série conta com cinco volumes no total. A proposta é contribuir para a difusão do conhecimento em educação museal e para a formação individual e coletiva dos profissionais e gestores da área. Os textos têm perfil didático e indicações de pesquisa e continuidade de estudos.
Você pode acessar e fazer o download gratuito do novo volume, assim como os dois anteriores, em nossa biblioteca digital: https://bit.ly/3uLQZO2 #mhnrio #mhn #museusbr
Com espetáculos parados, artistas precisam vender estrutura dos circos para se sustentar
/0 Comentários/em Noticias /por Comunicação ABGCMuitos vêm se desfazendo de itens como ‘globo da morte’ e trailers de moradia. Sem o dinheiro da bilheteria – que, até então, era a única fonte de renda do setor – eles estão procurando outros trabalhos, desde a revenda de produtos até a prática de serviços rurais, como colheita de café.
Por: PEDRO BOHNENBERGER (pedro.bohnenberger@cbn.com.br)
Via: CBN
Respeitável público: desta vez, o espetáculo não vai começar.
A pandemia fechou mais de 500 circos no Brasil e deixou 10 mil artistas sem renda. Há mais de um ano, profissionais como palhaços, malabaristas, trapezistas, equilibristas e ilusionistas estão sem o dinheiro da bilheteria, a única fonte de renda do setor.
Por serem itinerantes, artistas circenses vivem na estrada, nas cidades de exibição, em tendas e trailers. No momento em que a recomendação é ficar em casa, eles estão tendo que vender o próprio lar para não passar fome. Trailers, caminhões e vários outros itens estão sendo vendidos como última alternativa para conseguir renda.
Patrícia das Graças de Souza é um exemplo. O circo dela está no interior de São Paulo. Ela conta que precisou vender até o ‘globo da morte’.
“Com essa pandemia, ficou muito difícil as coisas (sic). A gente teve que vender alguns objetos pra gente não passar dificuldades. Vendemos o globo da morte e uma carreta para o ferro velho, porque não estava entrando dinheiro de nenhum lado”, lamenta.
O palhaço Rodrigo Augusto precisou aposentar o nariz vermelho e a maquiagem. Hoje, ele compra e revende mel para conseguir dinheiro para a família, que está em um circo do Sul de Minas. Ele conta que essa é a realidade de muitos artistas.
“Os artistas tiveram que, obrigatoriamente, arrumar uma outra profissão. O trapezista, hoje, está trabalhando no açougue. A bailarina trabalha no supermercado. Porque, no começo da pandemia, o povo ajudou o circense, senão seria pior. Só que agora chegou o momento em que o povo precisa de ajuda também, então ninguém ajuda ninguém. O circo já vinha respirando por aparelhos e me aparece uma pandemia dessas. Acho que muitos não voltarão”, avalia.
Já o mágico Diogo Mariano teve que vender o trailer em que morava. Ele conta que os artistas já tentaram vários trabalhos alternativos, até serviços rurais, mas que, depois de um ano, a situação está muito difícil.
“A gente tentou vender maçã do amor, pipoca, essas coisas. Mas, como é bastante tempo, mais de um ano, as pessoas acabam enjoando. Na época da colheita de café, alguns trabalharam na colheita, na diária de apanhador de café, mas não se deram muito bem, porque não têm a prática do negócio.”
Desde o início da pandemia, os circos enfrentaram problemas por não terem onde ficar nas cidades. Após negociações com as prefeituras e donos dos terrenos, eles conseguiram permanecer ainda por um ano onde estavam. Mas, esse tempo já passou, e a ameaça de despejo voltou a rondar as famílias, como explica a presidente da Rede de Apoio ao Circo no Brasil, Sula Mavrudis.
“No Brasil inteiro, neste momento, prefeitos têm se manifestado pedindo a retirada dos circos das cidades. É muito grave isso, você expulsar pessoas que não têm para onde ir, você sabendo que eles são nômades e que são povos tradicionais. Eu acho que isso infringe todas as leis da nossa Constituição. E eles não têm para onde ir. Então, o grande problema é: ir para onde?”, questiona.
A situação é semelhante com parques itinerantes, aqueles que vão de cidade em cidade com brinquedos como roda-gigante e o carrinho de bate-bate. O dono de um parque, Cláudio Emanuel, conta que já acumulou mais de R$ 100 mil em dívidas, entre contratos trabalhistas e manutenção dos brinquedos. Cláudio diz que, mesmo quando puder voltar a trabalhar, a situação não vai ser fácil.
“A expectativa da gente é de perda de mais este ano ainda, porque com a vacinação da maneira que está… A gente acha que quando voltar vai ser muito complicado. O poder aquisitivo, a renda do pessoal, também sumiu, ninguém tem dinheiro pra nada, e a gente é uma coisa supérflua, com esse auxílio aí, que mal dá para o pessoal comer… ”
Grande parte dos artistas circenses e donos de parques não conseguiram acesso aos benefícios federais, como a Lei Aldir Blanc. Segundo os artistas, muitos não têm familiaridade com tecnologia e por isso, não sabem fazer os projetos exigidos pelo governo federal, ou não atendem aos critérios, por acumularem dívidas com a União durante a pandemia.
A CBN entrou em contato com a Secretaria Especial de Cultura do governo federal para saber quais medidas o Estado pretende tomar para ajudar os artistas. Mas, até a finalização da reportagem, não houve retorno.
CARTA DE REPÚDIO DO CONSELHO CONSULTIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GESTÃO CULTURAL FRENTE À PROPOSTA DE MUDANÇA PELO GOVERNO FEDERAL EM TRANSFORMAR O MUSEU NACIONAL EM PALÁCIO IMPERIAL.
/0 Comentários/em Noticias /por Comunicação ABGCLeia a Carta na íntegra abaixo:
1616889424650_ABGC - CARTA DE REPÚDIO - Museu Nacional.docxResultado Edital Bolsa Social 2021
/0 Comentários/em Destaques, Noticias /por Comunicação ABGCNo dia 25/01/2021 a diretoria da ABGC divulgou a lista dos alunos inscritos que foram contemplados com uma bolsa integral para as novas turmas dos cursos de pós-graduação do Programa Intersaberes em convênio com a UCAM.
Os candidatos contemplados são:
MBA em Gestão e Produção Cultural:
– Erika da Silva
– Rômulo Vieira
– Gisele Ferreira
MBA em Gestão de Museus:
– Amanda Erthal
– Auricélia Mercês
– Marcele Oliveira
Duas candidatas a bolsa para esse curso ainda estão com suas documentação em analise.
URGENTE – *Pedido de Publicação da Medida Provisória de Prorrogação da Lei Aldir Blanc*
/0 Comentários/em Destaques, Noticias /por Comunicação ABGCCarta Aberta – Prorrogação Lei Aldir Blanc – ABGC
/0 Comentários/em Destaques, Noticias /por Comunicação ABGCA Associação Brasileira de Gestão Cultural-ABGC enviou hoje Carta Aberta para 113 deputados, estaduais e federais, e vereadores do Estado do Rio de Janeiro, somando à iniciativa de inúmeros coletivos e instituições brasileiras que também manifestaram-se junto aos Poderes Legislativo e Executivo dos Estados e Municípios Brasileiros, com o pleito resultante de uma ampla mobilização do setor cultural, a fim de reivindicar a urgência na prorrogação do prazo de execução da Lei de Emergência Cultural Aldir.
Clique aqui para acessar a carta na íntegra.
Carta Aberta - Prorrogação Lei Aldir Blanc - ABGC.docxNota de Repúdio
/0 Comentários/em Noticias /por Comunicação ABGCParticipação em redes, sistemas e parcerias
/0 Comentários/em Cursos de Extensão /por Comunicação ABGCLevantamento dos principais sistemas, organismos e programas internacionais que tenham interface com museus do Brasil/América do Sul. Como implementar um intercâmbio/parceria entre museus brasileiros e estas instituições? Desafios, vantagens e gargalos na parceria com redes e sistemas no campo dos museus. Apresentação de casos.
Formato: Videoaulas
Conteúdo: 3 Aulas
Professor: Thiago Massagardi