5 símbolos escondidos nas obras de Vermeer, pintor de ‘Moça com Brinco de Pérola’

Fonte:BBC

 

 

 

Em fevereiro, o Rijksmuseum de Amsterdã, na Holanda, abriu suas portas para a maior retrospectiva já realizada do pintor holandês Johannes Vermeer (1632-1675), reunindo 28 dos 37 quadros existentes do artista.

A exibição é inteligente, elegante e cuidadosamente curada. Certamente, um evento único.

Mas o que chama a atenção em primeiro lugar na mostra é a técnica de pintura incrivelmente realista de Vermeer, especialmente sua retratação da luz — como ele dá forma e volume aos objetos e como diferentes tons da luz solar, filtrada através das vidraças e tingida pelo manto das nuvens, modificam as cores dos objetos, fazendo os tecidos parecerem brilhar.

1. A cortina em Moça Lendo uma Carta à Janela (1657-58)

Vermeer tinha 25 anos de idade quando pintou Moça Lendo uma Carta à Janela. O quadro marca uma nova fase na carreira do artista, quando deixou as cenas religiosas e começou a concentrar-se em episódios íntimos, às vezes introvertidos, da vida doméstica.

Gerações de amantes da arte admiraram a bela disposição de artefatos e a personagem humana na pintura. Mas um detalhe rompe propositadamente essa perfeita ilusão.

A cortina verde que cobre um quinto da composição está suspensa por um trilho e anéis de latão. Na República Holandesa do século 17, os quadros costumavam ser cobertos com cortinas para protegê-los. Vermeer parece ter incluído essa cortina como uma ilusão de óptica, para tentar nos convencer a pegar a cortina e puxá-la.

A obra também relembra uma história famosa na história da arte, descrita na História Natural de Plínio, o Velho, publicada no ano 77 d.C.

Dois artistas, Zêuxis e Parrásio, disputaram uma competição para saber quem era o melhor pintor. Zêuxis criou uma natureza-morta, com uvas tão realistas que, quando a cobertura do quadro foi retirada, pássaros chegaram voando para comê-las. E, quando Zêuxis tentou descobrir o quadro de Parrásio, ficou surpreso ao perceber que a cobertura, na verdade, era pintada.

A cortina de Vermeer é uma alusão a esta história bem conhecida. Ela simboliza a sua técnica e nos força a questionar a exploração da ilusão e da realidade pela arte.

‘A Leiteira’ (1658-59), de Johannes Vermeer

2. O aquecedor de pés em A Leiteira (1658-59)

O cômodo é frio e simples, com manchas de umidade na parede e uma vidraça quebrada. A criada dedica-se a uma das tarefas mais modestas que se pode imaginar: ela está fazendo pudim de pão, com leite e pães velhos.

Mas o aquecedor de pés no canto inferior direito transfigura inteligentemente o significado da imagem, transformando-a em muito mais do que uma representação da vida diária.

Os aquecedores de pés foram projetados para incluir pedaços de carvão quente e eram colocados sob os vestidos das mulheres enquanto trabalhavam em casa nos meses de inverno. Mas, no quadro de Vermeer, o aquecedor de pés fica em frente a um azulejo pintado de azul, ilustrando o deus do amor Cupido e sua flecha do desejo.

Esta combinação de símbolos tinha um significado específico para o público holandês do século 17. No estilo da época (a pintura de gênero), os aquecedores de pés simbolizavam a luxúria, já que eles aqueciam as partes mais baixas do corpo. Eles eram frequentemente exibidos em combinação com outros objetos eufemísticos, como jarros vazios, para representar a disponibilidade das criadas para o sexo.

No quadro de Vermeer, os símbolos da paixão estão presentes, mas tudo o mais sugere a respeitabilidade da mulher. Ela está olhando para longe de nós, seu corpo está envolto em roupas pesadas e ela está de costas para os símbolos lascivos, cuidando das suas tarefas domésticas.

Mulher Segurando uma Balança (1662-64), de Johannes Vermeer

3. A balança em Mulher Segurando uma Balança (1662-64)

Uma jovem observa uma balança de dois pratos atingir gradualmente o equilíbrio em um cômodo silencioso, protegido por uma cortina. Os objetos sobre a mesa sugerem que ela irá começar a avaliar diversas moedas e pérolas, mas a presença de um quadro na parede diretamente atrás dela indica um desenrolar mais profundo dos fatos.

Sua cabeça obscurece a maior parte da pintura, mas a parte superior que está exposta revela Cristo no Juízo Final. Neste quadro retratado dentro do quadro, Jesus está fazendo o mesmo que a mulher – ele está pesando alguma coisa, com a diferença de que o seu trabalho é julgar as almas no Dia do Juízo.

Vermeer era muito religioso e codificou várias de suas obras com símbolos de espiritualidade. A República Holandesa, onde ele viveu, era devota do protestantismo, mas ele era católico convertido. A balança pode ser uma alusão à sua fé, professada por uma minoria no seu país.

O fundador da Companhia de Jesus, Santo Inácio de Loyola (1491-1556) havia aconselhado que os bons católicos ponderassem seus pecados e suas boas ações quando rezassem: “Prefiro ser como os pratos equilibrados de uma balança, pronto para seguir o curso que sentir mais apropriado para a glória e o louvor a Deus, nosso Senhor, e para a salvação da minha alma”.

Vermeer manteve sua conexão com os jesuítas de várias formas ao longo da vida. Acredita-se que ele tenha se casado em uma igreja jesuíta perto da sua cidade-natal de Delft, na Holanda, e até batizado um dos seus filhos com o nome de Inácio, em homenagem ao fundador da Companhia de Jesus.

“Vermeer era fascinado pelo catolicismo”, conta Pieter Roelofs. “Ele tinha pelo menos sete filhas e os quadros que ele criava podem ter funcionado como uma espécie de exemplo para suas próprias filhas em casa.”

‘Moça com Brinco de Pérola’ (1664-67), de Johannes Vermeer

4. O tecido em Moça com Brinco de Pérola (1664-67)

O quadro Moça com Brinco de Pérola parece outra imagem de um momento natural e passageiro. A obra é um exemplo de tronie — um gênero de arte holandês que mostrava um personagem sem nome em uma roupa interessante.

O lenço na cabeça tenta mostrar a moça como uma personagem antiga ou exótica e sua pérola pretende transmitir pureza espiritual ou beleza terrena. Seu casaco é feito de um tecido multicor, que parece ser cinza ou azul nas áreas de sombra e dourado com iluminação direta.

Na época de Vermeer, a representação de material fino era de interesse especial para os colecionadores, que avaliavam os pintores pela sua capacidade de evocá-lo na arte. O pai de Vermeer trabalhou no comércio de tecidos, o que ofereceu ao artista uma compreensão inicial da beleza e do significado dos preciosos panos.

Vermeer é conhecido por usar a linguagem simbólica da arte definida no livro de alegorias do escritor italiano Cesare Ripa, Iconologia, que foi traduzido para o holandês em 1644. No livro, a figura de Pittura — “Pintura” — é representada com uma roupa de seda com cores que mudam em função da luz.

A modelo de Vermeer também é enfeitada com as três cores primárias que formam a base do material de pintura — lábios vermelhos e roupas de cor amarela e azul.

No quadro de Vermeer, a jovem — pintada com a boca aberta e olhando diretamente para nós, para aumentar nosso desejo — está de lado, com se fosse desaparecer no escuro.

Seria ela uma representação da própria arte, com seus ideais de perfeição tentadores, sempre fora do nosso alcance?

‘A Alegoria da Fé’ (1670-74), de Johannes Vermeer

5. A esfera de vidro em A Alegoria da Fé (1670-74)

A fé religiosa de Vermeer é expressa de forma mais contundente na sua última pintura alegórica, A Alegoria da Fé.

A personagem principal é uma personificação do catolicismo. Sua aparência e seus gestos são novamente retirados da Iconologia, de Cesare Ripa, desta vez de uma figura que indica a “Fé”.

Mas a esfera de vidro acima da sua cabeça não está no livro de Ripa. Os estudiosos levaram décadas para descobrir o seu significado.

Em 1975, o historiador da arte Eddy de Jongh descobriu o símbolo, representado exatamente da mesma forma que na Alegoria da Fé (suspenso por uma fita), em um livro intitulado Emblemas Sagrados da Fé, Esperança e Caridade, do padre jesuíta flamengo Willem Hesius (1601-1690). O símbolo era acompanhado de uma frase: “ela captura o que não pode reter”.

Um versículo no livro explica que a esfera é como a mente humana. Nos seus reflexos panorâmicos, “o vasto universo pode ser exibido em algo pequeno”.

E, da mesma forma, “se você acreditar em Deus, nada pode ser maior que aquela mente”. A esfera simboliza a interação da mente com Deus.

Pode-se acrescentar que todos os quadros de Vermeer são como a esfera. Eles capturam ideias e eventos passageiros sobre suas superfícies planas e os retêm para a posteridade.

Apesar da sua técnica excepcional de capturar a realidade em todos os seus quadros, Vermeer teve muito pouco sucesso ao longo da vida. Ele criou cerca de dois quadros por ano e o pouco dinheiro que ganhava com eles era insuficiente para que pudesse viver apenas da pintura.

Talvez sua arte seja ainda mais atraente para nós, no frenético século 21, porque ela oferece uma sensação única de calma. Nas cenas de Vermeer, o tempo parece congelar na luz do sol cristalina e o silêncio cai como uma pesada cortina.

Mas um mundo exuberante de símbolos pulsa sob a superfície: ideias relevantes e perenes sobre a arte, o desejo, o materialismo e a espiritualidade, capturadas por Vermeer e esperando pacientemente pela sua descoberta.

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Culture.

– Este texto foi originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/articles/cy6j483np95o

Os detalhes do novo e aguardado espaço da Pinacoteca de São Paulo

Fonte:VEJA

Instituição abre complexo da Pina Contemporânea no dia 4, com duas exposições inéditas e espaço aberto ao público.

Por Amanda Capuano Atualizado em 24 fev 2023, 19h31 – Publicado em 26 fev 2023, 11h00

 

No próximo sábado, 4 de março, a Pinacoteca de São Paulo inaugura o seu novo complexo, a Pinacoteca Contemporânea — espaço aguardado por frequentadores do centro cultural. Com a expansão, a instituição se torna um dos maiores museus de arte da América Latina, com capacidade para receber até 1 milhão de visitantes por ano. VEJA visitou as novas instalações, que ainda passam pelas reformas finais antes da abertura ao público.

Localizado na movimentada Avenida Tiradentes, entre a Pinacoteca da Luz e da Estação, o prédio se destaca pelo estilo moderno, que deve funcionar em um esquema misto de museu e centro cultural. O local abriga duas galerias que receberão exposições temporárias, uma biblioteca, bicicletário, lojas, cafeteria, ateliês para atividades educativas e arquibancadas para receber os visitantes em uma espécie de praça aberta. A ideia é que as exposições sejam pagas, mas que a área comum seja aberta ao público — e, futuramente, seja integrada ao parque e à Pinacoteca da Luz.

Na arquitetura da nova instalação, destaca-se a presença massiva do vidro, trazendo um efeito de integração a todo o ambiente. Do mezanino, é possível observar o parque da Luz e o edifício original da Pinacoteca, cujo estilo clássico contrasta com a nova construção de concreto frio. “O novo espaço complementa os outros dois edifícios da Pinacoteca através de uma arquitetura permeável e acolhedora, e reflete o espírito de integração social presente em todos os programas desenvolvidos pelo museu, favorecendo a experimentação da arte contemporânea”, explica o diretor-geral da Pinacoteca, Jochen Volz.

 

Confira todos as imagens da Galeria :

https://veja.abril.com.br/cultura/os-detalhes-do-novo-e-aguardado-espaco-da-pinacoteca-de-sao-paulo/

Escolas de samba podem ser oficializadas como manifestação da cultura nacional

Está pronto para votação em Plenário o projeto de lei (256/2019) que reconhece as escolas de samba como manifestação da cultura nacional. A proposta é de autoria da Câmara dos Deputados e foi aprovada na pela Comissão de Educação e Cultura (CE), com a relatoria do senador Paulo Paim (PT-RS).

Fonte: Radio Senado

Por: Bianca Mingote 16/02/2023, 16h39 – ATUALIZADO EM 16/02/2023, 16h39

Fabio Motta / RioTur

O PLENÁRIO JÁ PODE VOTAR O PROJETO QUE RECONHECE AS ESCOLAS DE SAMBA COMO MANIFESTAÇÃO CULTURAL NACIONAL. PARA O SENADOR PAULO PAIM, RELATOR DA PROPOSTA NO SENADO, AS AGREMIAÇÕES, TÊM IMPACTO POSITIVO TANTO NO SETOR CULTURAL QUANTO NA ECONOMIA. REPÓRTER BIANCA MINGOTE: As festividades de Carnaval com os típicos desfiles das escolas de samba tiveram uma pausa durante a pandemia e só retornaram em 2022, mas em abril e não em fevereiro como de costume. A pausa deixou evidente o  impacto do evento  na vida de quem trabalha nos desfiles, já que os trabalhadores, que dependem da produção da festa, não conseguiram garantir o próprio sustento. Os esforços para realizar os desfiles demonstraram a força popular do evento organizado pelas escolas de samba que, de acordo com o Projeto de Lei nº 256 de 2019, devem ser reconhecidas como manifestação da cultura nacional. A proposta, que já está pronta para votação em Plenário, é de autoria da deputada federal Maria do Rosário, e já foi aprovada pela Comissão de Educação e Cultura, com a relatoria do senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, que ressalta a importância do Carnaval para a cultura brasileira. Paim destaca ainda a relevância do evento para o setor econômico, que gera vários empregos, como nos ateliês de costura, no comércio, turismo e hotelaria, entre outros. O Carnaval é um dos principais elementos que vêm à tona quando se indaga acerca dos símbolos constituintes de nossa cultura, os símbolos de brasilidade. As escolas de samba, nesse contexto, e os seus elementos são componente imprescindível e indissociável do que hoje se conhece como carnaval brasileiro. Com a evolução e o crescimento dos movimentos populares ligados às escolas de samba, a sua importância transbordou para além das fronteiras culturais. Detêm hoje importante papel também na economia.  Assim como foi feito na Câmara dos Deputados, Paim sugeriu que a lei resultante do projeto seja chamada Lei Nelson Sargento, em homenagem ao cantor, compositor, pesquisador da música popular brasileira e ex-presidente de honra da Mangueira, que morreu em 2021. Sob a supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Bianca Mingote.

CULTURA DO ESTADO ABRE CONVOCATÓRIA PARA ARTESÃOS FLUMINENSES

Selecionados vão compor a programação da Rio Artes Manuais, em março

Fonte: Cultura.RJ

A Rio Artes Manuais – maior feira de artesanato da América Latina – chega a 15ª edição neste ano, entre os dias 15 e 19 de março. E mais uma vez, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Sececrj), em parceria com o Sebrae, marcará presença com o estande mais democrático do evento: o “RJ de Talentos”, que disponibilizará 30 vagas para artesãos fluminenses que queiram compor a programação do espaço. A convocatória teve início nesta quinta-feira (16) e permanece aberta até o dia 26/02, através do link.

Estande RJ de Talentos durante a 14ª edição da feira

“O artesanato cultural é uma importante ferramenta de fomento à economia criativa no estado. Ele carrega a tradição e a expressão cultural e social do Rio de Janeiro. Nossa intenção, ao abrir o nosso estande para a participação da população, é exatamente dividir este espaço com os artesãos fluminenses e garantir a promoção da sua arte”, destacou a Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Danielle Barros.

Serão selecionadas três obras de cada região administrativa do Estado do Rio de Janeiro, formando as 30 peças. Podem participar artesãos maiores de 18 anos e entidades representativas, como associações ou cooperativas. Os interessados poderão inscrever até duas peças de artesanato – no tamanho de 40cm de altura, 30cm de largura e comprimento e peso máximo de 3kg – para concorrer a uma das vagas.

Estande RJ de Talentos durante a 14ª edição da feira

O estande, com área total de 264m², vai comportar os seguintes tipos de objetos artesanais: modelagem em argila, barro ou cerâmica, modelagem em biscuit, reaproveitamento de materiais, costura criativa, entalhe em madeira, trabalhos em cestaria, bordado livre e criativo, pintura manual, crochê, pintura em madeira, colagem e macramê.

Não será permitida a venda de peças no espaço destinado à exposição. Dúvidas sobre o processo de inscrição podem ser solucionadas através do e-mail [email protected].

Sobre o evento

A 15ª edição da Rio Artes Manuais acontece entre os dias 15 e 19 de março, no Centro de Convenções Expomag, na Cidade Nova – RJ. Com o tema “Faço Arte, Faço Parte”, escolhido por meio de votação popular via internet, o evento será direcionado para as questões de integração, acessibilidade e pertencimento, nunca deixando o aspecto do empreendedorismo e expressão cultural de lado.


A proposta é aproximar a população da cultura artesanal de raiz, mostrando o significado e a importância da comercialização desse segmento no estado.

A Expomag fica localizada na Avenida Paulo de Frontin, n° 1, Cidade Nova. Ingressos e outras informações podem ser obtidas no site https://rioartesmanuais.com.br/.

Lula reajusta bolsas de pesquisa: “A gente vai fortalecer outra vez a educação”

Os valores não eram atualizados desde 2013

Fonte: Cultura Uol

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou na tarde desta quinta-feira (16) o reajuste de 40% nas bolsas de pós-graduação.

“É importante vocês saberem que a gente vai fortalecer outra vez a educação, a começar do ensino fundamental, a começar do ensino básico, da creche à universidade. É proibido neste governo tratar [como] gasto dinheiro que vai para educação, dinheiro que vai para bolsa, dinheiro que vai para cuidar da saúde” disse Lula.

O mestrado e doutorado terão variação de 40%. No caso do primeiro, o valor sairá de R$ 1.500 para R$ 2.100. Já no segundo, de R$ 2.200 para R$ 3.100. Nas bolsas de pós-doutorado, o acréscimo será de 25%, com um aumento de R$ 4.100 para R$ 5.200.

Os valores das bolsas de pesquisa estavam congelados havia 10 anos. O reajuste foi uma promessa de campanha de Lula nas eleições de 2022.

A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, também participou da cerimônia. No evento, ela criticou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro em relação à ciência

“A política negacionista do governo anterior asfixiou a ciência brasileira. Sucessivos cortes somados aos bloqueios de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico promoveram um apagão e colocaram a ciência brasileira à beira do precipício”, afirmou Luciana.

Brasil lança lista de objetos culturais com risco de serem traficados

Lançamento da Red List Brasil teve participação da ministra da Cultura

Via: Agencia Brasil

Lançamento da Red List no Museu da Língua Portuguesa — Foto: JN

O Conselho Internacional de Museus (Icom) lançou na noite desta terça-feira (14), no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, a Red List Brasil, ou Lista Vermelha, uma publicação que reúne os objetos culturais mais sujeitos à retirada ilícita do país e de comercialização ilegal no mercado internacional. Com isso, o Brasil se torna o 20º país ou região a ter uma Red List de Objetos Culturais em Risco.

O lançamento da Red List Brasil contou com a participação da ministra da Cultura Margareth Menezes, evento que marcou a sua primeira agenda pública em São Paulo, desde que tomou posse. “Esse é um dos maiores desafios: combater o tráfico ilícito dos nossos bens culturais”, disse a ministra, durante o evento. Segundo ela, esse tipo de tráfico é um dos que mais movimenta dinheiro no mundo.

“A frequência com que os bens culturais brasileiros são ilegalmente retirados do país, além de suas especificidades, justificou a elaboração da Red List Brasil. O Brasil ocupa o 26ª lugar na lista de países com maior número de objetos culturais roubados e tem uma taxa de recuperação extremamente baixa. O tráfico ilícito de bens culturais é um prejuízo imenso para o Brasil porque mexe com o testemunho do processo civilizatório do nosso povo. Cuidar da memória e fortalecer nossa história é um registro do mapa da nossa evolução cultural”, disse.

O banco de dados do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) listou 974 bens culturais brasileiros que são procurados após terem sido roubados ou furtados. Dessa lista, apenas 48 foram recuperados.

Red Lists

As Red Lists, ou Listas Vermelhas, são publicadas desde 2000 pelo Icom e detalham categorias de bens culturais que são ameaçados de extinção em todo o mundo. Segundo Emma Nardi, presidente global da Icom, a publicação não é uma lista de objetos roubados, mas apresentam tipologias de obras sob risco de tráfico, que são descritos e ilustrados por fotografias. Essas imagens auxiliam os agentes fiscalizadores a identificar possíveis movimentações ilegais.

“As Listas Vermelhas são ferramentas que ilustram categorias dos bens culturais mais vulneráveis de cada país. A publicação dessas listas ajuda as autoridades a identificar os objetos em risco e a evitar que eles sejam vendidos ou exportados ilegalmente”, explicou Anauene Dias Soares, especialista no combate ilícito de bens culturais e coordenadora técnica da publicação. “Para termos um objeto inserido na Lista Vermelha ele precisa ser identificado em uma lista de tipologias e de bens culturais protegidos por legislação nacional e internacional”.

Até este momento, foram publicadas listas para algumas regiões como Sudeste Europeu e África, além de países como China, Peru, Afeganistão, Colômbia, Haiti, Iraque e Síria. Antes do Brasil, a última edição havia sido dedicada à Ucrânia, em função da invasão russa e aumento do risco de pilhagem.

“Para fazer a Red List é importante saber se o país tem uma legislação potente. Só se pode colocar em uma Red List um objeto que esteja protegido. A legislação brasileira é bastante robusta, mas o Brasil é um país de dimensão continental e de fronteira muito porosa. Depois, é preciso entender que existe um tráfico e um interesse no mercado e só então começamos a fazer um mapeamento do que seriam as categorias”, disse Roberta Saraiva Coutinho, que ajudou a elaborar a Red List Brasil.

Red List Brasil

No Brasil, a Red List, que durou oito anos para ser feita, incluiu cinco categorias que são mais visadas pelos traficantes: arqueologia; arte sacra e religiosa; objetos etnográficos; paleontologia; e livros, documentos, manuscritos e fotografias. Cada uma dessas categorias contém imagens que ilustram objetos que poderiam atrair traficantes tais como cocares indígenas, urnas funerárias pertencentes a comunidades indígenas, objetos rituais de origem africana e uma escultura em terracota de Nossa Senhora da Conceição.

Entre esses objetos listados também está a primeira edição do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. “A Lista Vermelha Brasil é um reconhecimento dos riscos da nossa região, mas também do reconhecimento e visibilidade da diversidade e riqueza do patrimônio brasileiro”, disse Renata Mota, diretora executiva do Museu de Língua Portuguesa e presidente do Icom Brasil.

A Lista Vermelha brasileira apresenta, pela primeira vez, histórias em quadrinhos e objetos de paleontologia, como fósseis. “É uma lista muito inovadora porque traz uma categoria só de bens paleontológicos. Essa é a primeira vez que isso aparece em uma Red List. E também temos três itens de origem africana na categoria de arte sacra, entre eles, uma escultura de Xangô. Inclusive, incluímos materiais bibliográficos, que são bens muito traficados e também fazem parte da nossa lista. As histórias em quadrinhos são também uma grande inovação, que até hoje não haviam entrado nas Red Lists”, disse Anauene Dias Soares.

A Lista Vermelha brasileira foi lançada nos idiomas português e inglês e, em breve, deverá ser lançada também em espanhol, sueco e francês. A edição brasileira, disse Roberta Saraiva Coutinho, foi considerada uma das mais bonitas. “Ela espelha o nosso patrimônio”.

A publicação será distribuída às autoridades policiais e alfandegárias do mundo todo para que elas consigam identificar as peças brasileiras mais ameaçadas pelo tráfico.
 

Edição: Fábio Massalli

Inscrições Abertas para o Curso Online: RedList e o Combate ao Tráfico Ilícito de Bens Culturais

Estão abertas as inscrições para o curso online “RedList e o Combate ao Tráfico Ilícito de Bens Culturais”. Este curso gratuito se dará de maneira assíncrona, com a liberação das aulas às quartas-feiras, a partir de 04 de outubro de 2023, na plataforma ABGCFLIX.

O que é a RedList e Por que é Importante?

A RedList, uma iniciativa do Conselho Internacional de Museus (ICOM), é um documento crucial que identifica quais bens culturais brasileiros estão em risco de serem traficados ilegalmente. Ela é uma ferramenta essencial para a preservação do patrimônio cultural do Brasil, incluindo categorias inovadoras, como bens etnográficos e paleontológicos. Este curso tem como objetivo informar, orientar e divulgar a importância da RedList e do combate ao tráfico ilícito de bens culturais.

Detalhes do Curso Online:

  • Início das Aulas: 04 de outubro de 2023.
  • Término das Aulas: 29 de novembro de 2023.
  • Liberação das Aulas: Quartas-feiras.

Conteúdo do Curso:


MÓDULO II – RED LIST NO BRASIL – Apresentação sobre a Red List brasileira e como se deu a sua elaboração, a partir das normas, categorias dos bens culturais e de acordo com o posicionamento político e estratégico do Brasil frente a proteção do seu patrimônio cultural.

      • Aula 1 – Elaborando a Red List brasileira: normas, categorias dos bens culturais de acordo com o posicionamento político e estratégico do Brasil frente a proteção do seu patrimônio cultural: Profa. Anauene Soares (1:30h)
      • Aula 2 – Red List brasileira e Interpol: Tiziano Coiro (Carabinieri/Itália) (1h)
      • Aula 3 – Red List brasileira e relações institucionais no Brasil: (docente a confirmar) (1h)
      • Aula 4 – Concluindo a Red List brasileira: Profa. Anauene Soares (30 min)

MÓDULO III – ESPECIALISTAS – Apresentação das categorias/tipologias dos bens culturais em risco para o tráfico ilícito no Brasil elegidos pelos especialistas e que compõem a Red List brasileira.

      • Aula 1- Introdução geral: Profa. Anauene Soares (30 min)
      • Aula 2 – Arte Sacra: Prof. André Macieira (IPHAN) (30 min)
      • Aula 3 – Paleontologia: Prof. Herminio Ismael de Araújo (UERJ) (30 min)
      • Aula 4 – Arqueologia: Prof. Ms. Herbert M. Rego (IPHAN) (30 min)
      • Aula 5 – Etnologia: Profa. Carla Gilbertoni (MAE) (30 min)
      • Aula 6 – Bens bibliográficos: Prof. Alex da Silveira (FBN) (30 min)

MÓDULO IV – RECOMENDAÇÕES – Recomendações finais e gerais de combate ao tráfico ilícito de bens culturais a partir do estudado e praticado na Red List.

      • Aula 1 – Apresentação das Recomendações – Profa. Anauene Soares (30 min)
      • Aula 2 – UNESCO: Sunna Altnoder, Diretora da Unidade de Bens Moveis e Museus (1h)
      • Aula 3 – UNIDROIT: Diretora Marina Schneider (1h)
      • Aula 4 – ICOM Brasil: Profas. Roberta Coutinho e Renata Motta (30 min)

As inscrições estão abertas agora! Para se matricular neste curso essencial para a preservação do patrimônio cultural brasileiro, visite este link.

Não perca a oportunidade de se envolver na proteção do nosso patrimônio cultural e aprender com especialistas neste campo vital. Junte-se a nós nesta jornada de preservação e conscientização.

Projeto quer preencher o Centro do Rio com arte e cultura

Por: Carmélio Dias e Luiz Ernesto Magalhães

Via: O Globo

 

Deserto. Trecho da Rua Primeiro de Março com todas as lojas fechadas: área está incluída em projeto da prefeitura – Foto: Guito Moreto

O movimento de pedestres em vaivém contrasta com a árida paisagem formada por portas de aço fechadas que exibem cartazes com anúncios de aluguel ou venda do imóvel. O cenário é comum no centro do Rio. Em alguns trechos, um pedestre mais distraído pode até achar que é feriado ou fim de semana, tantas são as lojas fechadas. Para tentar estimular a reabertura desses pontos comerciais — e acelerar a revitalização do bairro —, a prefeitura do Rio lançou, ontem, um programa que promete subsidiar os aluguéis comerciais no quadrilátero delimitado pela Praça Pio X (Candelária), a Avenida Rio Branco, a Rua da Assembleia e a Rua Primeiro de Março.

Pelo programa, todas as ruas dentro desse perímetro serão contempladas com uma ajuda, paga pelo município, no valor de R$ 75 por metro quadrado alugado até o limite de 192 metros quadrados por imóvel para abertura de negócios voltados ao setor artístico-cultural. No caso do benefício máximo, o valor transferido pelos cofres públicos chegará a R$ 14,4 mil para cada proprietário que se inscrever no edital de chamamento público, divulgado ontem.

Os eventuais inquilinos dos espaços arcarão com a diferença no valor de locação. A iniciativa é fruto de uma articulação entre a Secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação e a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPAR).

— Escolhemos trechos do Centro que sempre tiveram vocação comercial e estão ociosos. Queremos oferecer estímulos para reativar atividades, inclusive com ateliês e ações ligadas à área artística e cultural — disse o secretário Chicão Bulhões.

A ideia é que a ajuda, a fundo perdido, seja oferecida por até quatro anos. Um mapeamento inicial do município estimou que pelo menos 90 estabelecimentos na área delimitada para o programa estariam aptos a participar, o que projeta uma despesa mensal de R$ 1,296 milhão para a prefeitura. Há exigência de que os prédios sejam exclusivamente comerciais, todas as lojas beneficiadas sejam no térreo e tenham frente ou acesso voltados para a via pública.

Complemento ao Reviver

O edital estabelece o foco em atividades culturais. Segundo o prefeito Eduardo Paes, isso se deu pelo fato de esse tipo de empreendimento geralmente funcionar também nos fins de semana e não apenas nos dias úteis, o que pode atrair mais gente ao Centro fora do horário comercial. O programa complementaria, assim, o projeto Reviver Centro, que tenta atrair, com inventivos fiscais, investidores interessados em construir imóveis residenciais ou converter os comerciais em moradias, aproveitando a infraestrutura ociosa da área.

O programa será implementado em duas etapas. Na primeira fase, o município abriu o cadastramento, pelo prazo de 45 dias a contar de ontem, para proprietários de imóveis — pessoas físicas ou jurídicas, individualmente ou em grupo — interessados em participar do projeto. Serão admitidos apenas aqueles que não tenham pendências com o pagamento de impostos, inclusive IPTU. O edital está disponível para consulta em

https://www.rio.rj.gov.br/web/cdurp_portomaravilha.

Num segundo momento, previsto para ser iniciado já na próxima semana, será aberta a inscrição para candidatos a ocupar esses imóveis. As regras ainda serão divulgadas. Existe a possibilidade de que sejam liberados recursos também para a reforma das lojas a serem alugadas, mas a proposta ainda está em estudo.

O subsídio oferecido pelo município pode representar até metade do valor de mercado para locação de imóveis comerciais na região com as características previstas no edital.

— Em média, o custo de locação nessa área depois da pandemia está em R$ 150 por metro quadrado. Mas pode cair para R$ 100 ou chegar a R$ 200. A ideia é boa, mas o município tem que adotar mecanismos que evitem uma inflação artificial dos custos de locação. E também exigir do locatário garantias como faixas de horários em que se comprometa a manter a atividade aberta para garantir o sucesso do investimento — avalia o empresário Cláudio Castro, proprietário da Sérgio Castro Imóveis.

O arquiteto e urbanista Sérgio Magalhães elogia a proposta, mas faz algumas ressalvas:

— Em tese, a ideia de ter um protagonismo da prefeitura para estimular atividade econômica e privilegiar artes e cultura é muito boa. Mas é necessário atuar não apenas em relação ao comércio, que está fechado por causa da pandemia. Há pontos do Centro que são ótimos, importantes e tradicionais da cidade, em que as atividades cessaram por pura e vergonhosa especulação imobiliária dos donos. Este é o caso da Rua da Carioca, onde comerciantes foram despejados e nada foi aberto nos pontos.

Enquanto o projeto não deslancha, o cenário é desanimador para quem já viu, em tempos não muito distantes, o comércio fervilhante daquela região da cidade.

— Eu já tive 14 funcionários, hoje somos eu e meu filho tocando o negócio. Praticamente todos os vizinhos fecharam. Eu resisto porque estou aposentado e tenho alguma esperança de que as coisas ainda vão melhorar, mas não está nada fácil — disse Jorge Vasconcelos, de 58 anos, proprietário de uma papelaria no trecho da Rua Buenos Aires entre a Avenida Rio Branco e a Rua da Quitanda. — Ainda tem muita empresa trabalhando em regime híbrido, e isso deu uma esvaziada grande no Centro, é visível. Espero que depois do carnaval isso mude.

À espera do Movimento

Em alguns pontos, como na Travessa do Ouvidor, das 13 lojas com frente para a rua, oito estão fechadas, entre elas o tradicional restaurante popular Esquimó, que funcionou por 60 anos no número 36 da via. A cena se repete na Primeiro de Março, onde, das 17 lojas entre o Beco dos Barbeiros e a Rua do Ouvidor, nada menos que dez estão fechadas.

— Fizemos uma aposta e viemos para cá depois da pandemia. Acreditamos que o movimento voltaria, mas a verdade é que às vezes passa meia hora sem que ninguém entre na loja — lamenta Janaine Garcez, de 43 anos, proprietária de um mercado de produtos de limpeza.

Conheça Márcio Tavares, historiador que será o braço-direito de Margareth Menezes na Cultura

Margareth e o historiador Márcio Tavares Reprodução

Margareth Menezes, que assumirá o Ministério da Cultura do novo governo Lula, terá como braço-direito o historiador Márcio Tavares. Doutor em Arte pela Universidade de Brasília (UnB), ele assumiu o cargo de Secretário Nacional de Cultura do PT nos últimos quatro anos e tem experiência, segundo seus pares, com o funcionamento da máquina pública. Recentemente, atuou no processo de tramitação e votação das leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo no Congresso. Ele estava ao lado da cantora quando ela anunciou que iria ocupar o cargo.

Tavares integrou o grupo de trabalho que fez a transição na área da Cultura e encerrou seu levantamento sobre os principais problemas da pasta na segunda-feira. Nascido em Sapucaia do Sul, no Rio Grande do Sul, ele tem 37 anos e ocupa o posto de curador de arte e secretário nacional de Cultura do PT desde 2017.

Margareth Meneses se reuniu com Lula em Brasília nesta terça-feira e anunciou que aceitou o convite do presidente eleito para comandar a pasta. Parte do grupo de trabalho setorial da transição — ao lado de Áurea Carolina, Lucélia Santos, Antonio Marinho, Juca Ferreira e Márcio Tavares —, ela já se cercou de nomes técnicos, com quem traça um diagnóstico da situação atual da Cultura e elabora os planos mais urgentes de reformas para o setor.

‘Um desafio e uma grande responsabilidade’

Em Brasília, depois do encontro com Lula, Margareth afirmou que “será um grande desafio e uma enorme responsabilidade”. Em um post em suas redes sociais, a cantora de 60 anos disse saber que não será fácil: “por isso, peço o apoio e a força de todos os artistas, mobilizadores, realizadores e agentes culturais do Brasil e também de cada cidadão, para juntos, de mãos dadas, restabelecermos com plenitude essa área que é tão ampla, tão diversa e fundamental para todos nós”.

O presidente eleito também usou as redes sociais para falar sobre a futura ministra da Cultura. Lula agradeceu Margareth Menezes por ter aceitado o convite e afirmou que a cultura brasileira sofreu um desmonte nos últimos anos. “E nós vamos honrar nosso compromisso de reconstruir e fortalecer o setor”.

Startup brasileira vence ‘Prêmio Nobel da Sustentabilidade’

Por: Agência Sebrae de Notícias

A startup brasileira Eco Panplas conquistou o primeiro lugar na 23ª edição do Energy Globe World Award, prêmio ambiental mais importante do mundo Divulgação/Energy Globe World Award

O projeto brasileiro que mantém 17 bilhões de litros de água potável limpos anualmente na coleta e reciclagem de embalagens de lubrificantes, venceu a categoria “Água” na 23ª edição do Energy Globe World Award. A startup brasileira Eco Panplas conquistou o primeiro lugar no prêmio ambiental mais importante do mundo, que reconhece empresas em cinco categorias: Terra, Fogo, Água, Ar e Juventude. No total, foram inscritos mais de 30 mil projetos sustentáveis para problemas ambientais.

O novo conceito para que reciclagem de embalagens plásticas de óleo lubrificante sejam descontaminadas sem a utilização de água, sem geração de resíduos e com rastreabilidade apresenta resultados que chamam a atenção pelos benefícios socioambientais de impacto para toda a cadeia produtiva, sociedade e meio ambiente. A separação do óleo do plástico ocorre 100%, uma vez que a Eco Panplas produz a resina reciclada para confecção de uma nova embalagem. O óleo, no processo, também é reaproveitado, vendido para empresas recicladoras.

Brasil já responde por 10% dos “empregos verdes” no mundo
“Estamos apresentando ao mundo um novo conceito de reciclagem aliada a uma tecnologia e processo inovador que desenvolvemos, composto por equipamentos e processos patenteados. Já obtivemos sucesso em uma operação para as embalagens de óleo lubrificante, na nossa planta produtiva em Hortolândia, sendo possível replicar para outros plásticos”, explica Felipe Cardoso, CEO da Eco Panplas.

A trajetória percorrida pela startup tem o Sebrae como um grande parceiro. “O Sebrae foi muito importante diante dos nossos desafios, ajudando com os pitchs, na visibilidade, nas conexões com o mercado, clientes e investidores. Auxiliou a validar a tecnologia e contribuiu em nosso modelo de negócios”, contou Felipe. A cada 10 milhões de embalagens de óleo lubrificante processados, são recuperadas 500 toneladas de plástico reciclado e 17 mil litros de óleo. O próximo passo é licenciar a tecnologia dentro e fora do Brasil.