Pela primeira vez, MinC realiza Conferência Temática de Trabalhadores da Cultura

Encontro ocorrerá entre 22 e 24 de janeiro, em São Paulo
Os direitos dos trabalhadores da Cultura e os desafios para sua efetivação serão debatidos de 22 a 24 de janeiro, no Sesc 14 Bis, em São Paulo, durante a Conferência Temática de Trabalhadores da Cultura. Trata-se do primeiro evento sobre o tema, neste formato, realizado no país. A abertura da etapa, que antecede a 4ª Conferência Nacional de Cultura (4ªCNC), tem presenças confirmadas da ministra dos ministros, Margareth Menezes, da Cultura, e Luiz Marinho, do Trabalho e Emprego.Para a chefe da Cultura, esse será um importante momento de escuta e diálogo com a força de trabalho do setor. “São muitos temas inerentes ao universo dos trabalhadores da cultura e a Conferência Temática foi planejada para passar por vários deles, como a formação e a qualificação, a regulamentação, a geração de emprego e renda”, explica.

Ainda durante a abertura, o MinC lançará juntamente com o Instituto Federal de Goiás (IFG), a plataforma de cursos online – Escola Solano Trindade de Formação e Qualificação Artística, Técnica e Cultural (ESCULT). O nome é uma homenagem ao importante artista, militante da cultura e do movimento negro no Brasil. Por meio dela, serão disponibilizados cursos livres, de formação inicial e continuada (FIC) e de pós-graduação relacionados às áreas técnicas do fazer cultural.

A Conferência debaterá como os avanços tecnológicos, especialmente as inteligências artificiais, as redes sociais e plataformas de conteúdo por demanda, impactam e impactarão o mundo do trabalho na Cultura.

Também estão entre os temas que serão abordados as demandas formativas das áreas técnicas do fazer artístico e cultural, dos direitos e da seguridade social desses trabalhadores. Os temas comporão os painéis de debates e grupos de trabalho com especialistas e representantes do Estado e da sociedade civil.

As reflexões realizadas durante o evento resultarão em três propostas prioritárias, referendadas pela Plenária, que serão encaminhadas à 4ª CNC, visando assegurar a presença desta pauta na construção das políticas culturais para os próximos anos.

Deryk Santana, diretor de Políticas para Trabalhadores da Cultura do MinC , define este como um momento central na estruturação de uma política nacional voltada a esses trabalhadores e trabalhadoras. “Este é o momento em que o governo se propõe a construir, junto com a sociedade civil, caminhos, políticas e articulações que consigam dar conta das demandas atuais que não são só de reconstrução do Ministério da Cultura e das políticas culturais, mas de retomada do setor cultural no pós-pandemia”.

Ele destaca ainda o alto índice de informalidade no mercado cultural, que varia de 36% a 42% do setor. “Temos muita dificuldade de garantir direitos para quem é informal. Então é fundamental estabelecer uma política de formalização desses trabalhadores, assim como a estruturação das cadeias produtivas. Precisamos nacionalizá-las. É absurdo pensar que a maior parte dos insumos do carnaval, por exemplo, venha da China. Temos que trazer para cá, para gerar emprego e renda, trazer pra perto de onde são consumidos e ainda diminuir o impacto ambiental, só para citar alguns exemplos desse amplo debate”, aponta.

Fazem partte da programação, ainda, o secretário-Executivo, Márcio Tavares; e o secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural do MinC, Henilton Menezes.

O evento é aberto ao público e poderá ser acompanhado virtualmente. Para participar é necessário fazer uma pré-inscrição aqui.

Eixos

O Eixo 1 – Formação e Qualificação para o Mundo do Trabalho, tem o objetivo de debater a oferta de formação voltada para setores técnicos do fazer artístico e cultural, localizando lacunas e demandas regionais de qualificação e profissionalização.

O Eixo 2 – Direitos, Regulamentação, Garantias, Trabalho Digno, irá debater políticas públicas voltadas para trabalhadores e trabalhadoras da cultura que estimulem a dignidade e a solidariedade nas relações trabalhistas, potencializem a geração e manutenção do trabalho, do emprego e da renda decentes, ampliem a formalização dos setores culturais e criativos, regulamentem as profissões e atualizem as legislações do setor.

Diretoria de Políticas para Trabalhadores da Cultura

O MinC, em atendimento às demandas dos trabalhadores da cultura frente aos desafios que enfrentam em relação à sua regularização, formalização, seguridade social e formação, criou no âmbito da Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural, a Diretoria de Políticas para Trabalhadores da Cultura.

Com a tarefa de implantar e coordenar o Programa Nacional de Formação e Qualificação para o Mundo do Trabalho em Cultura, o Programa de Bolsas para Jovens da Arte e da Cultura, o Vale Cultura, além de estabelecer diálogos com o campo cultural na busca por garantir direitos culturais, trabalhistas, sociais e previdenciários para os profissionais envolvidos no fazer artístico e cultural.

4ª CNC

A Conferência Nacional chega à sua quarta edição em 2024. O evento ocorrerá de 4 a 8 de março, em Brasília. O evento está dividido em seis eixos temáticos. Sendo eles: Institucionalização, Marcos Legais e Sistema Nacional de Cultura (SNC); Democratização do Acesso à Cultura e Participação Social; Identidade, Patrimônio e Memória; Diversidade Cultural e Transversalidade de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política Cultural; Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade e Direito às Artes e Linguagens Digitais.

Programação (Sujeita a alterações)

22 de janeiro de 2024

14h às 18h – Credenciamento

15h às 18h – Cerimônia de Abertura e Lançamento da Plataforma de Cursos.

Margareth Menezes – Ministra da Cultura

Luiz Marinho – Ministro do Trabalho e Emprego

Márcio Tavares – Secretário-Executivo do MinC

Henilton De Menezes – Secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural do MinC

Deryk Santana – Diretor de Políticas para Trabalhadores da Cultura do MinC

Sérgio Nobre – Presidente da Cut

Professora Bebel – Comissão de Cultura da ALESP

Representante do Teatro Popular Solano Trindade

Oneida Irigon – Reitora do IFG

Georgina Gonçalves Dos Santos – Reitor da UFRB

Luiz Deoclecio Massaro Galina – Diretor Regional do SESC

18h às 18h30 – Intervalo

18h30 às 20h – Debate de Abertura

Parabolicamará – desafios do trabalho em cultura frente aos avanços tecnológicos e à inteligência artificial

Convidados:

Beth Pontes – Pesquisadora OBEC/UFRB

Bruno Natal – Jornalista e Podcaster

Orlando Silva – Deputado Federal

Cesar Andre Machado de Morais – Coordenador-Geral de Regulação de Direitos Autorais – SDAI/MinC

Mediação: Rafael Fontes – Consultor PRODOC OEI na Diretoria de Políticas para Trabalhadores da Cultura – SEFIC/MinC

20h às 22h – Apresentação Artística

 

23 de janeiro de 2024

10h às 13h – Reuniões dos Grupos de Trabalho

GT 1 – Formação e Qualificação para o Mundo do Trabalho em Cultura

Provocadores

Débora Viana – Coordenadora de Cultura SESI-SP

Fabio Cerqueira – Representante do Fórum de Gestão Cultural das Instituições Públicas de Ensino Superior Brasileiras – FORCULT

Laura Bezerra – Coordenadora de Curso Superior Tecnológico em Política e Gestão Cultural – UFRB

Marina Tavares Ferreira – Coordenação de Cultura do MST

Condução/Sistematização: Rafael Fontes – Consultor PRODOC OEI e Thais Costa – Analista da Diretoria de Políticas para Trabalhadores da Cultura – SEFIC/MinC.

GT 2 – Direitos e Seguridades Sociais para o Mundo do Trabalho em Cultura

Provocadores

André Ravasco – Representante do Fórum do Litoral, Interior e Grande São Paulo

Ary Meneson Araújo de Oliveira – Representante da Força Sindical

Carlos Fábio (Índio) – Representante da Central Única dos Trabalhadores – CUT

Klebson Alberto – Representante do Fórum das Áreas Técnicas

Condução/Sistematização: Ângelo Ramalho – Coordenador na Diretoria de Políticas para Trabalhadores da Cultura – SEFIC/MinC e Carolina dos Santos Batista – Coordenadora na Diretoria de Políticas para Trabalhadores da Cultura – SEFIC/MinC

13h às 14h30 – Almoço

14h30 16h30 Painel 1 – “Vou aprender a ler, pra ensinar meus camaradas”: Formação e Qualificação para o Mundo do Trabalho em Cultura

Antenor José de Oliveira Neto – Gerente de Cultura e Arte da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Carla Rabelo – Representante do Fórum de Gestão Cultural das Instituições Públicas de Ensino Superior Brasileiras – FORCULT

Jhey Almeida – Coordenador do Circuito Universitário de Cultura e Arte da União Nacional dos Estudantes – UNE

Patrícia Barcelos – Diretora de Políticas e Regulação da Educação Profissional e Tecnológica – SETEC/MEC

Mediação: Thais Costa – Analista da Diretoria de Políticas para Trabalhadores da Cultura – SEFIC/MinC.

16h30 às17h30 – Intervalo

17h30 19h30 Painel 2 – “Festa, Trabalho e Pão”: Regulamentação, formalização e direitos e garantias dos Trabalhadores da Cultura

Adriano Malvar – Representante da Força Sindical

Alê Capone – Representante da Associação Nacional de Trabalhadores em Eventos – ANTE

Guilherme Boulos – Deputado Federal

Guilherme Machado Dray – Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

José Ribamar V. Barros – Secretário Adjunto de Cultura da Central Única dos Trabalhadores – CUT

Mediação: Ângelo Ramalho – Coordenador na Diretoria de Políticas para Trabalhadores da Cultura – SEFIC/MinC

20h 22h – Apresentação Artística

 

24 de janeiro de 2024

10h às 13h – Reuniões dos Grupos de Trabalho

GT 1 – Formação e Qualificação para o Mundo do Trabalho em Cultura

Provocadores:

Claudio Manoel de Souza – Coordenador do Cursos FIC da Plataforma na Universidade Federal do Recôncavo Baiano – UFRB

Eduardo Lima – Comissão Nacional dos Pontos de Cultura

Glaucia Mendes da Silva – Coordenadora de Inclusão e Acessibilidade do Instituto Federal de Goiás – IFG

Helen Betane Ferreira Pereira – Coordenadora de EaD do Instituto Federal de Goiás – IFG Luciano Simões – Coordenador-Geral da Plataforma na Universidade Federal do Recôncavo Baiano – UFRB

Marcos Santos – Coordenador do Curso Livre da Plataforma na Universidade Federal do Recôncavo Baiano – UFRB

Rossellini Diniz Barbosa Ribeiro – Coordenadora Pedagógica do Instituto Federal de Goiás – IFG

Condução/Sistematização: Rafael Fontes – Consultor PRODOC OEI e Thais Costa – Analista da Diretoria de Políticas para Trabalhadores da Cultura – SEFIC/MinC.

GT 2 – Direitos e Seguridades Sociais para o Mundo do Trabalho em Cultura

Provocadores:

Condução/Sistematização: Ângelo Ramalho – Coordenador na Diretoria de Políticas para Trabalhadores da Cultura – SEFIC/MinC e Carolina dos Santos Batista – Coordenadora na Diretoria de Políticas para Trabalhadores da Cultura – SEFIC/MinC

13h às 14h30 – Almoço

14h30 às 16h30 – Painel 3 – “A novidade: mundo tão desigual, tudo é tão desigual”: Trabalho Decente e Seguridade Social na Cultura

Ministério da Cultura

Ministério da Previdência Social

Ministério do Trabalho e Emprego

Confederação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e Cultura – CNTEEC

Mediação: Sandro Santos – Coordenador-Geral na Diretoria de Políticas para Trabalhadores da Cultura – SEFIC/MinC

16h30 – Intervalo

17h às 20h – Plenária Final

20h 22h – Apresentação Artística

 

Serviço

Conferência Temática de Trabalhadores da Cultura

Data: 22 a 24 de janeiro de 2024

Local: Sesc 14 Bis, rua Dr. Plínio Barreto, 285 – Bela Vista, São Paulo.

 

Sustentabilidade, meio ambiente e preservação para um futuro melhor

Iniciativa do Castilla Idiomas promove uma nova geração de pessoas com consciência ambiental

Via: G1 Paraná

 

Castilla Idiomas lança campanha Castilla Green- Plantando um amanhã sem fronteiras. O objetivo desse movimento é levar a conscientização da importância de plantarmos mais árvores em nossa cidade, e com isso contribuir para a redução das altas temperaturas em todo o estado e preservar a Amazônia.

No último semestre de 2023 tivemos um fenômeno ambiental que gerou diversas ondas de calor em todo o Brasil e a previsão para 2024 é que essas temperaturas aumentem ainda mais. Falando em meio ambiente temos um evento mundial chegando na nossa capital, a COP 30 que tem como objetivo central discutir soluções para o meio ambiente, é o momento certo para movermos ações voltadas para isso e movimentar a sociedade para levá-los a cuidar do verde da sua cidade. “Chegou a nossa vez de fazer algo pelo meio ambiente, de fato colocar a mão na massa para mudar essa situação e influenciar essa nova geração a fazer o mesmo pelo nosso meio ambiente, pela nossa Amazônia. ” Relatou Professor Felix Prieto, Diretor e Fundador da Rede Castilla Idiomas.

Até março em todas as unidades do Castilla Idiomas, os novos alunos matriculados irão receber mudas de plantas para cultivar o verde por todo o estado, faça parte desse movimento que vai está impactando o meio ambiente.

 

Museu americano se vê obrigado a cobrir vitrines que reúnem peças indígenas para não ser penalizado

Arqueólogos e gestores argumentam que nova regra, exigindo consentimento antes de expor objetos, passa dos limites e fere autonomia com acervo

Por Julia Jacobs e Zachary Small Em The New York Times

O Field Museum, de Chicago, encobriu esta semana várias vitrines que apresentam itens culturais de indígenas americanos. Foi uma resposta às novas regulamentações federais dos EUA que exigem que os museus obtenham o consentimento das tribos antes de exibirem objetos ligados à sua herança cultural.

Museus dos EUA têm se preparado para os novos regulamentos, que já entraram em vigor, com autoridades consultando advogados enquanto curadores se esforçam para ler regras que influenciarão a contratação de pessoal e os orçamentos nos próximos anos.

O governo federal revisou as regras que foram estabelecidas na década de 1990, na esperança de acelerar a repatriação de restos mortais e patrimônio cultural de nativos americanos — um processo que as autoridades tribais e os defensores da medida há muito criticam por ser lento.

Processo longo
A decisão do Field Museum está relacionada a uma disposição que exige que as instituições “obtenham consentimento livre, prévio e informado” das tribos antes de exibir itens culturais ou restos humanos, ou permitir pesquisas sobre eles.

Os museus tiveram que decidir se deixariam objetos nativos em exibição e, assim, correrem o risco de violar as novas regras, ou se removeriam os objetos enquanto se engajavam no que poderia ser um longo processo de solicitação de consentimento tribal.

A decisão do Field Museum, anunciada esta semana em seu site, aplica-se a vitrines em seus salões das Américas antigas, focadas em civilizações do Hemisfério Ocidental que abrangem 13 mil anos, e em um salão com cerca de dez nações nativas do Pacífico.

“Aguardando consulta às comunidades representadas, cobrimos todos os espaços que acreditamos conterem itens culturais que possam estar sujeitos a estes regulamentos”, disse o museu em comunicado, que observou que não exibe restos mortais humanos.

Muitas instituições que exibem itens culturais dos nativos americanos, incluindo o Museu Americano de História Natural em Nova York e o Museu Peabody de Arqueologia e Etnologia da Universidade de Harvard, não anunciaram como as suas exposições serão afetadas.

— Está claro como o dia: eles precisam ajeitar tudo se não estiverem de acordo (com o regulamento) — disse Shannon O’Loughlin, diretora executiva da Associação para Assuntos Indígenas Americanos, organização sem fins lucrativos que auxilia nações indígenas.

Parte da nova urgência em torno da repatriação foi alimentada por um esforço mais amplo de museus e universidades para corrigir erros históricos. As posses de restos mortais de nativos americanos estão frequentemente ligadas a roubos de sepulturas, escavações arqueológicas e cemitérios.

Restos mortais
Outro incentivador desse processo tem sido o governo do presidente Joe Biden, que tem tentado encontrar formas de acelerar o repatriamento desde 2021. Restos mortais de mais de 96 mil indivíduos indígenas americanos continuam a ser mantidos em instituições como grandes museus e sociedades históricas locais.

Os novos regulamentos põem fim a algumas práticas que os defensores da repatriação consideram responsáveis por atrasar o processo. As instituições já não podem rotular os restos mortais como “culturalmente não identificáveis”, uma categoria que tornou mais difícil para as tribos fazerem reivindicações sobre essas propriedades.

O Field Museum, fundado em 1894, está entre os museus que renovaram seus compromissos com a repatriação.

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Criadas após consulta a dezenas de tribos indígenas americanas reconhecidas pelo governo federal, as novas regras também procuram abordar preocupações de longa data sobre a consideração que as tribos recebem em relação a exposições e pesquisas.

— Se as pessoas tratassem essa relação com respeito em primeiro lugar, provavelmente não haveria necessidade da regra — disse Bryan Newland, secretário para assuntos indígenas e ex-presidente tribal da comunidade indígena de Bay Mills.

Líderes do mundo dos museus e da arqueologia argumentaram que as novas regras ultrapassam os limites e que os museus devem manter a autonomia na gestão das suas coleções. Se um museu for acusado de não seguir as regulamentações federais, administradas pelo Departamento do Interior, o governo pode emitir uma multa.

 

Governo nomeia integrantes de comitê gestor do programa de conversão de pastagens

O comitê vai definir diretrizes, metas, ações e demais detalhes do programa

Por Rafael Walendorff, Valor — Brasília

Via: Globo.com

 

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nomeou nesta terça-feira (9/1) os integrantes do Comitê Gestor Interministerial do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD), criado em dezembro do ano passado.

O grupo terá 90 dias, contados da data da sua primeira reunião, para publicar a resolução que contenha a definição dos eixos, das diretrizes, das metas e das ações do PNCPD.

Foram nomeados dois membros de seis ministérios, do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Também foram indicados quatro representantes do setor agropecuário, da agricultura familiar e da sociedade civil para compor o colegiado.

A participação no comitê será considerada prestação de serviço público relevante, ou seja, não terá remuneração.

Confira a lista completa dos integrantes do comitê:
I – Ministério da Agricultura e Pecuária:
a) titular: Carlos Ernesto Augustin; e
b) suplente: Roberto Serroni Perosa.
II – Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima:
a) titular: Fabíola Zerbini; e
b) suplente: Marcos Oliveira Santana.
III – Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar:
a) titular: Jânio Oliveira Coutinho; e
b) suplente: Vinicius Mello Teixeira de Freitas.
IV – Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços:
a) titular: João Francisco Araújo Maria; e
b) suplente: Edgar Luiz Rodrigues.
V – Ministério da Fazenda:
a) titular: Gilson Alceu Bittencourt; e
b) suplente: Camila Stefani de Sousa Silva.
VI – Ministério das Relações Exteriores:
a) titular: Igor Moreira Moraes; e
b) suplente: Eduardo Minoru Chikusa.
VII – Banco Central do Brasil:
a) titular: Cláudio Filgueiras Pacheco Moreira; e
b) suplente: João Ferrari Neto.
VIII – Comissão de Valores Mobiliários:
a) titular: Bruno de Freitas Gomes Condeixa Rodrigues; e
b) suplente: Nathalie de Andrade Araújo Matoso Vidual.
IX – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais:
a) titular: Marcos Adami.
X – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária:
a) titular: Patrícia Menezes Santos; e
b) suplente: Judson Ferreira Valentim.
XI – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social:
a) titular: Caio Barbosa Alves de Araújo; e
b) suplente: Eduardo Pinho Pereira e Souza.
XII – setor agropecuário:
a) titular 1: Márcio Lopes de Freitas, Organização das Cooperativas do Brasil;
b) suplente 1: Pierre Patriat, Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras;
c) titular 2: Eduardo Brito Bastos, Associação Brasileira do Agronegócio; e
d) suplente 2: André Figueiredo Dobashi, Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul.
XIII – agricultura familiar, povos e comunidades tradicionais:
a) titular 1: Elizete Maria da Silva, Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste;
b) suplente 1: Gilvan dos Santos, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra;
c) titular 2: Dione do Nascimento Torquato, Conselho Nacional das Populações Extrativistas; e
d) suplente 2: Maria Rosalina dos Santos, Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas.
XIV – sociedade civil:
a) titular 1: Maurício Palma Nogueira, Athenagro;
b) suplente 1: Maria Stella Damha, Damha Agro;
c) titular 2: Carlos Cogo, Cogo Inteligência em Agronegócio; e
d) suplente 2: Sérgio Luis Bortolozzo, Sociedade Rural Brasileira.

Secretaria de Cultura reabre Teatro dos Correios, agora Teatro Correios Léa Garcia, com a volta da aclamada peça “Macacos”

Via: Prefeitura Rio

Fechado desde 2018, o espaço de 185 lugares voltará a funcionar na próxima quinta-feira – João Victor Ramirez/SMC

Uma boa notícia para as artes cênicas cariocas. A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, reabre mais um teatro, o dos Correios, agora com novo nome: Teatro Correios Léa Garcia, em homenagem à grande atriz carioca (1933-2023). Fechado desde 2018, o espaço de 185 lugares voltará a funcionar na próxima quinta-feira (11/1), totalmente equipado e climatizado. A peça escolhida para marcar a nova fase é a aclamada “Macacos”, com texto, direção e atuação do vencedor do Prêmio Shell, Clayton Nascimento, que volta a cartaz para seis sessões: dia 11/1 (para convidados) e dias 13, 20, 21, 27 e 28/1 (sábados e domingos) para o público, com venda de ingressos na plataforma Imply e bilheteria física.

“Macacos” é o relato de um homem preto em busca de respostas para o racismo que rodeia seu cotidiano ao longo da História do Brasil. A peça estreou com sucesso de público e crítica e permaneceu boa parte da temporada carioca no Teatro Ipanema, um dos equipamentos da Secretaria de Cultura incluídos no Cultura do Amanhã, um robusto programa de reforma, modernização e requalificação dos espaços culturais municipais.

O Teatro Correios Léa Garcia reabre de olho na ancestralidade negra. A ideia, segundo a pasta, é apresentar espetáculos teatrais, shows e eventos que abordam ainda as tradições de povos originários e também projetos que proporcionam a pesquisa de culturas populares. Entre as novidades de infraestrutura estão a instalação de um sistema de ar condicionado e a revisão das estruturas de som e luz e também da caixa cênica, além de outras melhorias. A programação ainda está sendo definida.

A cessão do imóvel pelos Correios faz parte do projeto de reestruturação da carteira de imóveis da estatal, iniciado pela atual gestão.

– Estamos cumprindo nossa missão como agentes do governo federal no fomento à cultura. Imóveis históricos, como o do Centro Cultural dos Correios no Rio de Janeiro, que haviam sido abandonados, agora serão destinados para o benefício das brasileiras e dos brasileiros – afirmou o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos.

Atriz brasileira internacionalmente conhecida e com papel essencial para a inclusão dos negros na arte brasileira, Léa Lucas Garcia de Aguiar foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes, em 1957 ,por sua atuação no longa “Orfeu Negro”, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro.

Ela também fez história no teatro e na televisão. A atriz foi uma das precursoras da inclusão do negro nos palcos brasileiros, nos quais atuou já na década de 1950 como parte do coletivo Teatro Experimental do Negro.

Teatro Correios Léa Garcia: Rua Visconde de Itaboraí 20, Centro – 3088-3001. Peça “Macacos”: dias 13, 20, 21, 27 e 28. Sáb, às 19h. Dom, às 18h. R$ 30. 12 anos. Via Imply (ingressos_cultura_rio) e bilheteria física (aberta 60 minutos antes do espetáculo).

Documentos raros sobre escravidão em Santa Catarina são divulgados por museu

O Museu do Tribunal de Justiça de Santa Catarina disponibilizou de forma digital documentos raros sobre a escravidão em Santa Catarina

Por: Redação ND Chapecó

Via: ND Mais

O Museu do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) disponibilizou documentos raros sobre a escravidão em Santa Catarina. Os arquivos foram digitalizados e estão disponíveis para pesquisa gratuitamente.

O Museu Desembargador Tycho Brahe Fernandes Neto digitalizou os documentos históricos que registram o período da escravidão. São livros de notas manuscritos, intitulados “Venda de Escravos e Carta de Liberdade”, provenientes da Escrivania de Paz do Ribeirão da Ilha.


A informação foi divulgada pelo TJSC. Os materiais devem auxiliar historiadores, pesquisadores, jornalistas e estudantes. O conteúdo está disponível ao público na íntegra em uma plataforma pública e gratuita.

Além disso, vários trechos foram transcritos pelo historiador Adelson André Brüggemann, da Seção de Museu, o que facilita a leitura para as pessoas que não têm olhos treinados em caligrafia antiga.

Os arquivos contém as atas de eleições e também registros raros da vida social, como separação de casais com divisão de bens – circunstância desconhecida na cidade até então.

Segundo Lília Lacerda da Silva, chefe da Seção do Museu, “a publicação permite que os fatos relacionados à escravidão sejam conhecidos. Somente com o conhecimento evitamos a distorção da História e a repetição de erros do passado”.

Algumas transcrições dos documentos sobre a escravidão em Santa Catarina
Um dos documentos revelou o caso de uma mulher que comprou a própria liberdade por 200 mil réis. O documento diz que em Florianópolis, no dia 19 de abril de 1873, Joanna fez a ‘compra’:

“Sou senhora e possuidora de uma escrava crioula de nome Joanna, natural desta Província, a qual de minha livre e espontânea vontade, e sem constrangimento de pessoa alguma, concedo-lhe liberdade pela quantia de duzentos mil réis. Declaro ter recebido o valor da mão da dita escrava que fica liberta de hoje para sempre, a fim de que possa gozar sua liberdade como se fosse de ventre livre nascida.”

Doação de documentos sobre a escravidão em Santa Catarina
Em agosto, quando doou o acervo ao Judiciário, a oficial designada da Escrivania do Ribeirão da Ilha, Giane Catia Rosa Alves De Carvalho, contou como ficou impactada com o conteúdo sobre a escravidão.

A transmissão de acervo teve anuência do juiz-corregedor Rafael Maas dos Anjos, do Foro Extrajudicial. Na ocasião, ele disse: “Quando nos damos conta da existência de livros que relatam a vida na ilha décadas atrás, notadamente que havia uma cultura de entrega de crianças e seus futuros frutos como uma mercadoria para a realização de serviços, isso impacta. A reflexão a respeito é inevitável”.

O museu fica na sede do TJSC, em Florianópolis. É aberto ao público das 12h às 19h. Para grupos maiores, como turmas escolares, é aconselhável agendar horário.

Para 98% dos investidores brasileiros, há greenwashing nos relatórios de sustentabilidade

Pesquisa da PwC traz informações sobre as perspectivas de investidores e analistas e o contexto de empresas investidoras

 

Greenwashing: segundo pesquisa da PwC, mundialmente, a percepção de greenwashing é de 94% (Getty Images/Getty Images)

Por: Fernanda Bastos

Via: EXAME

Nove em cada dez investidores brasileiros (98%) dizem que relatório corporativos de sustentabilidade contém informações não comprovadas, é o que diz a Pesquisa Global com Investidores 2023 da PwC, multinacional de auditoria e consultoria. No contexto mundial, o índice de percepção de greenwashing é de 94%. A terceira edição do estudo entrevistou mais de 340 investidores e analistas para entender o que afeta o ambiente de empresas investidoras.

“O fato de 94% dos investidores entenderem que os relatórios de sustentabilidade contemplam algum tipo de divulgação não suportada por ações ou fatos (greenwashing) é um dado muito emblemático e indica que mudanças são necessárias na forma como as empresas vêm divulgando as informações de sustentabilidade”, afirma Mauricio Colombari, sócio da PwC Brasil.

Segundo a pesquisa, preocupações com a economia – e, principalmente, com a inflação – continuam sendo as principais queixas, mas foram minimizadas em 2022. Já em 2023, os riscos climáticos e cibernéticos se tornaram preocupações muito mais presentes entre os entrevistados.

“A pesquisa deixa claro que existe uma gama importante de temas que os investidores levam em consideração ao investir em uma empresa. Além dos temas de sustentabilidade, os investidores consideram atributos como a competência e também o histórico da administração. De forma geral, a pesquisa revela uma seletividade cada vez maior, e um desafio para as empresas demonstrarem que estão avançando em assuntos relevantes e diversos”, diz Colombari.

O estudo ainda diz que 59% dos entrevistados identificaram que os investimentos estão sendo impulsionados, cada vez mais, pela transformação da tecnologia – e este tem sido o fator mais provável de influenciar a forma com que as empresas criam nos próximos três anos. A Inteligência Artificial (IA), por exemplo, é “muito” ou “extremamente importante” para quase 70% dos entrevistados.

Sustentabilidade para as empresas
A sustentabilidade também se mantém fundamental para os investidores: globalmente, 75% afirmam que a forma como uma empresa faz a gestão de riscos e oportunidades relacionados ao tema é um importante para decisões de investimento, mas o percentual diminuiu 4% em relação a 2022.

Por este cenário de certa desconfiança, investidores recorrem aos reguladores. 57% dos entrevistados, ao redor do mundo, disseram que as se companhias cumprirem regulamentos e padrões definidos, como os definidos pela Comissão de Valores Imobiliários (CVM), no Brasil, ou pelo ISSB (International Sustainability Standards Board), isso ajuda “bastante” ou “muito” nas tomadas de decisão. Globalmente, os investidores estão mais focados no cumprimento de compromissos ESG (do inglês, environmental, social and governance).

Um outro aspecto que precisa ser considerado, segundo Colombari, é que essas normas são voltadas substancialmente para as informações que precisam ser divulgadas, e não para as práticas de uma organização em relação aos temas de sustentabilidade. “Acredito que as normas podem ser um instrumento interessante para que as empresas dêem alguns passos para trás, e reavaliam, por exemplo, a estrutura de governança para monitorar os temas de sustentabilidade, a estratégia em relação a esses temas e seus riscos”, afirma.

Os investidores também pretendem obter mais informações sobre o impacto de uma empresa na sociedade ou no ambiente. No Brasil e no mundo, 75% concordam que os negócios devem divulgar o valor monetário do seu impacto no ambiente ou na sociedade. Em 2022, o número estava acima dos 68% e 66%, respectivamente.

O que é greenwashing?
O greenwashing (do inglês, “lavagem verde”) consiste em divulgar falsamente dados ou informações sobre sustentabilidade, Por exemplo, uma empresa pode afirmar que seus produtos são sustentáveis, por meio de publicidade, adicionando informações indevidas nos rótulos ou relatórios ou ocultando dados para dar ênfase em algo que pode ser considerado como sustentável.

Em outras palavras, o greenwashing significa passar uma imagem falsa de uma companhia, onde ela afirma apoiar causas sustentáveis quando – na prática – não é bem assim. Um negócio pode praticar greenwashing quando divulga que está, por exemplo, reduzindo suas emissões de CO2 sem divulgar o impacto disso ou dados que comprovem a informação.

 

Vitória do Fomento à Cultura

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Projeto já havia sido aprovado pelos deputados da CCJ e seguirá agora para o Senado

 

Cultura de SP apoia 870 projetos nos grandes centros, interior e litoral em 2023

Iniciativas culturais são inscritas no programa ProAC Editais, que tem a finalidade de incentivar artistas em diversos segmentos

O programa de fomento à cultura do Governo de São Paulo contemplou 870 projetos culturais em todas as regiões do estado em 2023, tanto nos grandes centros como no interior e litoral. Ao todo, o Estado investiu cerca de R$ 100 milhões em 45 linhas do Programa de Ação Cultural (ProAC) Editais.

A abertura das inscrições teve início em março. Os projetos contemplados receberam os aportes da pasta em parcela única, diferente dos anos anteriores, em que o repasse era feito em duas parcelas. Em 2023, houve aumento de 23% nas inscrições em comparação a 2022. No ano passado, foram 15.928 inscritos e, neste ano, o total subiu para 19.674 participantes.

Além do pagamento em parcela única, uma novidade deste ano foi a abertura de seis novas linhas de apoio para diversos segmentos culturais. O segmento Dança, por exemplo, conta agora com a linha “Performance/Realização e Temporada de Ações Inéditas”; no Circo, foram acrescentadas as linhas “Produção e Manutenção/Lona” e “Produção e Apresentação de Número Circense”; nos Museus, destaca-se a linha “Salvaguarda de Acervos”; em Patrimônio Histórico e Cultural, foi lançada a linha “Bem Protegido”; e, por fim, o segmento Publicação inclui a linha “Realização e Publicação de Conteúdo Cultural”.

O que é o ProAC Editais

O ProAC Editais tem como objetivo fomentar e difundir a produção artística em todo o território paulista, apoiando financeiramente projetos culturais em segmentos como circo, dança, música, teatro, audiovisual, literatura e artes visuais, entre outros. Há linhas de editais que contemplam projetos nas periferias para artistas, grupos coletivos, espaços culturais e comunidades.

O Governo de São Paulo manteve as linhas voltadas para formação em arte e cultura e promoção de cursos, oficinas e artistas iniciantes, além das novidades de diversificação do apoio aos principais segmentos.

Durante as inscrições promovidas pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, em parceria com o Sebrae-SP, houve uma série de atividades que auxiliaram os candidatos na elaboração dos projetos. A pasta ofereceu apoio por meio de cartilhas, palestras, balcão tira-dúvidas e mentorias coletivas.

São Paulo é o trabalho que dá certo!

Em seu primeiro ano de gestão, o governo do Estado de São Paulo fortaleceu sua missão de promover serviços de qualidade à população, guiado por pilares como o desenvolvimento, o diálogo e a garantia de dignidade para as pessoas. No período, foram entregues 18.400 moradias. Além disso, foram concluídas 2.740 obras, que incluem a recuperação de 6.400 km de rodovias. Na educação, 848 escolas foram reformadas, e 25 creches foram inauguradas. Na saúde, foram abertos 1.500 leitos, equivalente a sete hospitais, e realizadas 1 milhão de cirurgias eletivas. Na segurança, todos os índices de produtividade policial registraram melhorias em relação a 2022, com aumentos de 17% na apreensão de drogas, 11% de armas, 9% de veículos e 5,4% de prisões. Mais 25 unidades do Poupatempo passaram a atender mais 1,2 milhão de pessoas mensalmente. Entre tantas conquistas, somou-se a aprovação da desestatização da Sabesp, que será fundamental para antecipar a universalização do saneamento e a expansão do acesso à água, coleta e tratamento de esgoto para toda a população de São Paulo.

Influenciadora indígena tem 3M de seguidores acompanhando sua cultura nas redes

Por: JULIA GUGLIELMETTI 

Via: Terra

We’e’na Tikuna faz sucesso na internet conscientizando o público sobre os povos originários e sobre o meio ambiente

We’e’na é uma influenciadora, ativista, estilista, cantora e empreendedora que nasceu na terra do povo Tikuna — a maior população indígena do Brasil — no rio Alto Solimões, no estado do Amazonas. Ela tem quase 2 milhões de seguidores no Facebook, 500 mil no TikTok, 200 mil no Instagram e 100 mil no YouTube, somando quase 3 milhões de pessoas que acompanham o seu conteúdo na internet.

Em entrevista a Planeta (assista ao vídeo acima), ela conta que seu primeiro contato com computador foi em 2006, quando professores da Universidade do Amazonas levaram equipamentos para a sua comunidade aprender a mexer.

A partir desse momento, ela criou sua primeira conta de e-mail e passou a usar a antiga rede social Orkut para se comunicar com as pessoas. Alguns anos depois, entrou para o Facebook: “Eu pintava tudo o que acontecia dentro da minha aldeia e comecei a publicar”.

A influenciadora, então, começou a ganhar cada vez mais seguidores e sentiu a necessidade de falar mais sobre a sua cultura, para que pessoas de outros estados pudessem conhecer mais de perto as pinturas, cânticos e rituais de seu povo. “As pessoas começaram a gostar do meu conteúdo e a me sugerir pautas, queriam saber mais sobre ervas, simbologia das pinturas corporais e casamento. Daí, comecei a criar vídeos contando um pouco da nossa história”, diz.

Hoje, We’e’na é convidada para dar palestras em universidades, escolas, no TEDx Talks e, inclusive, no Rio +20, uma conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável. Ela também tem uma marca de moda e já realizou publicidades para grandes empresas como Natura, Boticário, Panasonic e Netflix.

We’e’na Tikuna faz sucesso na internet conscientizando o público sobre os povos originários e sobre o meio ambiente
We’e’na Tikuna faz sucesso na internet conscientizando o público sobre os povos originários e sobre o meio ambienteFoto: Arquivo pessoal/We’e’na Tikuna

Conscientização

O conteúdo de We’e’na mostra o dia a dia junto a sua família. Ela conta que um dos seus principais objetivos nas redes sociais é quebrar o elo do preconceito e conscientizar o público sobre a cultura indígena por meio de uma pessoa indígena. “Por muito tempo fomos tutelados por terceiros. Como não falávamos a língua do homem branco, isso dificultou bastante o conhecimento e trouxe falta de comunicação”.

“São 523 anos de resistência dos povos indígenas e, hoje, o caminho está se abrindo para nós. Depois de muito insistirmos, lutarmos e brigarmos por esse espaço”, explica.

Meio ambiente

Outro objetivo de sua comunicação está trazer luz sobre a causa ambiental. “Quando se fala sobre povos originários, se fala sobre a natureza. Quem mais [deveria falar sobre meio ambiente] além de nós indígenas, que somos conhecidos como os guardiões da floresta? O indígena cuida da natureza”, afirma We’e’na, que lamenta a falta de consciência ambiental pelo restante da população.

A influenciadora explica que, para eles, a floresta é sagrada e, devido ao desrespeito com a natureza e as consequências sentidas com as mudanças climáticas, a “a floresta chora”. Ela complementa: “Sem a floresta, sem os rios, nós não existimos. Queremos conscientizar as pessoas que a fruta, o alimento que todos comemos, que nos dá energia, vem da terra”.