Black Month

Últimos dias para se inscrever no Edital Social da Pós-graduação

Aula Aberta | Antropoceno – O impacto humano sobre o planeta

Com Luiz Alberto de Oliveira, Curador do Museu do Amanhã
📅 19 de novembro de 2025 | 19h
🎥 Transmissão gratuita pelo YouTube da ABGC

A pós-graduação Cultura, Museus & Clima realizará, no dia 19 de novembro, às 19h, uma aula aberta e gratuita com o curador e pesquisador Luiz Alberto de Oliveira (Museu do Amanhã). A atividade será transmitida ao vivo pelo canal da ABGC no YouTube e é aberta ao público interessado em cultura, meio ambiente, ciência e sustentabilidade.

No encontro, Luiz Alberto abordará o conceito de Antropoceno, discutindo os diferentes impactos da ação humana sobre o planeta, os desafios contemporâneos da crise climática e o papel essencial da cultura e dos museus na construção de futuros possíveis.

A aula integra a programação do novo curso de pós-graduação Cultura, Museus & Clima, uma formação transdisciplinar que conecta políticas culturais, gestão de museus, sustentabilidade e ação climática.

Como participar

A participação é gratuita. Para assistir à aula ao vivo, basta realizar a pré-inscrição gratuita através do link:

https://abgc.org.br/pre-inscricao-cultura-museus-e-clima/

Após a inscrição, o link da transmissão será enviado por e-mail.

Realização: UNIMAIS & ABGC
Correalização: RegeneraMuseu
Apoio Institucional: EXPOMUS
Residência Profissional:
– Museu da Língua Portuguesa – SP
– Museu do Jardim Botânico – RJ

Lula envia ao Congresso novo Plano Nacional de Cultura

Projeto de lei tem metas que devem ser buscadas em um período de 10 anos. Plano anterior venceu em dezembro de 2024.

Via: G1.com

Por Marcela Cunha, g1 — Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou ao Congresso Nacional nesta segunda-feira (17) o projeto de lei do novo Plano Nacional de Cultura (PNC).

O plano vai orientar as políticas culturais do país pelos próximos dez anos.

Segundo o governo, o texto reafirma a cultura como política de Estado e pilar estratégico da democracia, da soberania e de um desenvolvimento socialmente justo.

“Hoje é um dia especial porque é a realização de um sonho que eu tenho há muito tempo de transformar cultura em um movimento efetivamente de base, uma coisa popular, para que a gente, ao invés de ter aquelas coisas muito encalacradas, fechadas, a gente ter uma espécie de guerrilha democrática cultural nesse país, onde as pessoas precisam ter a liberdade de fazer e provocar que os outros façam a acontecer a cultura nesse país”, afirmou Lula.

 

Lula participa de cerimônia para envio do projeto de lei do novo Plano Nacional de Cultura (PNC). — Foto: Reprodução/ CanalGov

Lula participa de cerimônia para envio do projeto de lei do novo Plano Nacional de Cultura (PNC). — Foto: Reprodução/ CanalGov

O presidente também assinou o decreto que cria a Comissão Intergestores Tripartite (CIT), espaço de diálogo entre a União, estados e municípios para a implementação das políticas públicas de cultura.

O Plano Nacional de Cultura agrupa princípios, objetivos, diretrizes, estratégias, ações e metas que orientam o poder público na formulação de políticas culturais.

O plano foi instituído em 2010, assinado pelo então presidente Lula, com duração prevista de 10 anos. A vigência das regras terminaria em dezembro de 2020, mas passou por duas prorrogações e estava válido até dezembro de 2024.

O atual PNC é composto por 36 estratégias, 274 ações e 53 metas e baseia-se em três dimensões de cultura que se complementam:

  • a cultura como expressão simbólica;
  • a cultura como direito de cidadania;
  • a cultura como potencial para o desenvolvimento econômico.

 

O novo plano prevê oito eixos que organizam as políticas culturais em temas estruturantes para a formulação de planos e políticas estaduais, municipais e setoriais.

Além disso, possui processo de participação social ampliado e integrado, com participação territorial e digital, e também define os direitos culturais. Entre elas estão:

  • o acesso universal à produção e fruição cultural; a liberdade de
  • expressão, criação e imaginação; a preservação da memória, do patrimônio e dos saberes
  • tradicionais; a participação e o controle social; a acessibilidade cultural; e a proteção dos direitos autorais com justa remuneração aos criadores.

 

“Hoje é, possivelmente, o meu dia mais feliz como Presidente da República. Eu faço um trabalho imenso todo santo dia para não decepcionar vocês. Por favor, não decepcionem o Brasil. Façam a revolução cultural que precisa ser feita, para que nunca mais alguém tenha coragem de dizer que a cultura não vale nada, que a cultura atrapalha e que os artistas são criadores de câncer”, finalizou Lula durante a cerimônia.

 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa da cerimônia de entrega de credenciais a novos embaixadores no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta segunda-feira, 20 de outubro de 2025. — Foto: Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa da cerimônia de entrega de credenciais a novos embaixadores no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta segunda-feira, 20 de outubro de 2025. — Foto: Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo

Quanto custa conter o aquecimento global e quem banca sustentabilidade no campo

O preço para conter o aquecimento global é gigantesco: US$ 8 trilhões por ano, até 2035. Este é o valor que o mundo precisa para impedir que a temperatura do planeta aumente mais de 1,5 °C até lá.

Ele leva em consideração o investimento necessário para produzir alimentos de forma mais sustentável, recuperar florestas, criar fontes de energia limpa e uma série de outras ações para reduzir a emissão de gases poluentes à atmosfera.

➡️Esta reportagem faz parte do quinto episódio da série “PF: Prato do Futuro”, onde o g1 mostra soluções para desafios da produção de alimentos no Brasil.

O valor foi calculado pelo Grupo de Especialistas Independentes de Alto Nível em Financiamento Climático, da London School of Economics. Ele foi apresentado na Conferência do Clima da ONU (COP) de 2024, no Azerbaijão.

Agora, o tema do financiamento climático volta à mesa de debates da COP 30, em Belém, e um dos grandes desafios é como os países vão conseguir esses trilhões.

Enquanto isso não é definido, o Brasil já vem criando os seus próprios caminhos. No campo, o investimento em práticas agropecuárias sustentáveis tem sido impulsionado, em grande parte, pelo crédito rural — ou seja, por empréstimos bancários.

E um dos grandes desafios é fazer com que esse dinheiro consiga chegar a pequenos produtores e comunidades tradicionais.

Quanto as nações estão dispostas a pagar

 

Os especialistas da London School não têm um cálculo sobre o quanto o Brasil precisa para fazer a transição climática, mas eles estimam que nações emergentes e em desenvolvimento vão precisar, juntas, de cerca de US$ 3,5 trilhões por ano, até 2035.

Uma das discussões mais antigas das Conferências do Clima é como países ricos, como Inglaterra, França, Alemanha, Estados Unidos, vão ajudar os mais pobres a cumprir metas de despoluição.

Isso porque eles são considerados “devedores climáticos” por terem se industrializado primeiro e enriquecido a partir do uso intensivo de combustíveis poluentes, como carvão e petróleo.

💵Um dos acordos firmados após a COP 2024 é que os países ricos direcionem, pelo menos, US$ 300 bilhões para as nações em desenvolvimento, até 2035.

No mesmo período, todos os países devem fazer um esforço para que esse volume chegue a US$ 1,3 trilhão, explica o sócio-diretor da Agroicone, Rodrigo Lima, que participa dos debates de financiamento nas conferências da ONU.

Ele ressalta que há um consenso entre as lideranças mundiais de que esse dinheiro não virá apenas de doações, mas, principalmente, de empréstimos.

“A grande discussão agora é como esses recursos vão chegar aos países com juros menores que os praticados no mercado”, diz Paulo Camuri, gerente de Ciências do Clima do Imaflora.

 

Um exemplo dessa tendência do financiamento climático é o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposto pelo Brasil, que pretende usar um modelo de investimento de renda fixa para gerar recursos destinados à conservação de florestas tropicais (entenda aqui).

Os guardiões do campo nativo: como pequenos pecuaristas estão regenerando o Pampa

Os guardiões do campo nativo: como pequenos pecuaristas estão regenerando o Pampa

Quem financia agricultura sustentável no Brasil

 

Enquanto o mundo ainda discute como vai financiar as nações em desenvolvimento, dados da ONG Climate Policy Initiative (CPI) mostram que o Brasil tem bancado a maior parte das ações climáticas voltadas para o uso da terra, ou seja, na agropecuária sustentável e na preservação de florestas (veja os números abaixo).

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Foto: Bruna Azevedo/g1

“Na ausência de uma ação climática global mais contundente, grande parte do investimento acaba acontecendo a nível nacional. Isso mostra que o mundo não tem conseguido criar estruturas adequadas para atacar a crise climática”, diz Juliano Assunção, diretor-executivo da CPI.

 

O relatório da ONG também detalha os dados por tipo de instrumento financeiro. Nele, o crédito rural aparece como a principal fonte dos recursos, respondendo por 58% do total.

O que mostra que a maior parte do financiamento climático voltado ao uso da terra no Brasil tem sido bancada por empréstimos contratados por produtores rurais.

Esse dinheiro tem sido direcionado para técnicas de baixo carbono – como plantio diretointegração de lavoura-pecuária-florestaagroecologiaagrofloresta –, além de recuperação de pastagens degradadas.

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Foto: Bruna Azevedo/g1

  • Brasil ainda tem pouco crédito para sustentabilidade 🌱

 

Hoje é o governo federal quem define a quantidade de dinheiro e os tipos de empréstimos voltados para os produtores rurais. Essas informações são atualizadas todos os anos por meio do Plano Safra.

Ele tem algumas linhas diretamente voltadas para agropecuária sustentável, como o RenovAgro, que, por muitos anos, foi chamado de Plano ABC.

Tem também modalidades específicas dentro do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) – que atende pequenos produtores – como o Pronaf Floresta, Bioeconomia e Agroecologia.

No entanto, alguns estudos mostram que essas linhas representam pouco dentro de todo o crédito rural liberado no Brasil.

 

Um levantamento da consultoria Agroicone aponta que os empréstimos contratados para investimentos em sustentabilidade chegaram a R$ 69,2 bilhões na safra 2024/25, o que representou apenas 23,2% de todo o crédito rural liberado no período.

Gustavo Lobo, pesquisador da consultoria, explica que esse valor inclui tanto os empréstimos direcionados para práticas de baixo carbono, como outros que não têm esse objetivo, mas que foram aplicados neste fim. A consultoria rastreou os dados pelo Banco Central.

As barreiras que pequenos produtores enfrentam

 

Um dos maiores desafios para destravar o financiamento climático no Brasil é ampliar o acesso ao crédito para pequenos produtores e comunidades tradicionais.

“A maior parte do crédito rural ainda não chega aos pequenos produtores, extrativistas, pescadores, quilombolas e povos indígenas — justamente os que mais cuidam dos territórios e produzem com base na sociobiodiversidade”, afirma a diretora-executiva do Fundo Casa Socioambiental, Cristina Orpheo.

 

As linhas do Pronaf, que atende esse público, têm juros menores que os empréstimos convencionais, mas respondem por 17% do crédito subvencionado pelo governo federal. O restante vai para médios e grandes produtores, segundo dados do Banco Central.

  • Travas para acessar os bancos 💰

 

Além de menos recursos, os pequenos também esbarram na própria indisposição dos bancos, diz Paulo Camuri, do Imaflora.

“Os bancos, em geral, priorizam grandes projetos, como aqueles que envolvem empréstimos elevados, onde o custo para ele ir lá na propriedade verificar como o dinheiro está sendo usado vai compensar para ele”, exemplifica Camuri.

“[Os agricultores] brincam que você chega no banco, só tem um cardápio: que é boi, palanque e cerca”, diz Moises Savian, secretário de Governança Fundiária, Desenvolvimento Territorial e Socioambiental do MDA.

 

Mas existem ainda barreiras bem anteriores à ida ao banco.

Isso porque muitos pequenos produtores não sabem nem mesmo o que é crédito rural ou não têm nem conta bancária ou documentos básicos, como RG ou CPF, conta Fabíola Zerbine, diretora-executiva do Instituto Conexões Sustentáveis (Conexsus).

A ONG tem, inclusive, uma iniciativa chamada CredAmbiental que ajuda agricultores familiares e povos tradicionais a acessarem o Pronaf.

➡️O projeto treina moradores das próprias comunidades para se tornarem “ativadores de crédito”, ou seja, pessoas que entendem das regras de financiamento, que reúnem documentos, negociam com os bancos e elaboram projetos sobre como o dinheiro será usado e devolvido.

g1 foi conhecer de perto a iniciativa em uma comunidade indígena Tupinambá, em Ilhéus (BA), que conseguiu acessar o Pronaf Floresta para cultivar cacau e reflorestar a Mata Atlântica (veja abaixo).

Como indígenas usam financiamento do governo para montar agroflorestas

Como indígenas usam financiamento do governo para montar agroflorestas

O projeto também dá suporte a comunidades sobre o uso consciente do dinheiro, o que tem dado resultado. Segundo Zerbini, 98% das pessoas que participam do CredAmbiental estão em dia com os empréstimos.

“A gente não quer que o crédito seja um fator de endividamento. Ele precisa ser um fator de empoderamento”, diz Zerbini.

 

O que vem da filantropia e de fundos climáticos

 

A diretora-executiva do Fundo Casa Socioambiental, Cristina Orpheo, afirma que o crédito rural é importante, “mas ele tem limites quando se fala em inclusão e justiça socioambiental”.

Para ela, é muito importante que povos tradicionais e pequenos produtores recebam mais investimentos diretos, que não exijam reembolso, como doações e incentivos públicos e privados.

“Isso é importante para que eles possam construir uma capacidade mínima de produção, de gestão, para depois, mais estruturados e confiantes, entrarem em um financiamento”, diz Orpheo.

 

Dados da Climate Policy Initiative mostram que a filantropia representa cerca de 0,06% das fontes de financiamento climático em agropecuária e florestas.

O Fundo Casa Socioambiental capta, por exemplo, recursos de fora do Brasil, principalmente de fundações filantrópicas, para investir em projetos de sustentabilidade.

“O ideal seria combinar esses dois mecanismos financeiros: crédito acessível, sim, mas também recursos diretos, flexíveis e de longo prazo”, acrescenta.

Alguns fundos climáticos também oferecem recursos que não exigem devolução para projetos de sustentabilidade. Hoje, eles representam cerca de 0,2% de todo o financiamento para o uso da terra.

Um exemplo é o Fundo Amazônia, do governo federal, que capta doações para investimentos não reembolsáveis no combate ao desmatamento e à conservação da Amazônia Legal, e que também tem apoiado projetos que envolvem a produção de alimentos de comunidades tradicionais.

Criado em 2008, o Fundo Amazônia foi paralisado em 2019. E a sua retomada, em 2023, foi um dos fatores que contribuiu para a queda do desmatamento no bioma este ano.

O governo também tem o Fundo Clima, que foi criado em 2009, com o objetivo de financiar projetos de mitigação e adaptação climática.

➡️As ações de mitigação têm o objetivo de reduzir emissões de gases poluentes, enquanto as de adaptação, de preparar territórios para extremos climáticos, como secas e enchentes.

No entanto, menos de 1% do Fundo Clima é formado por recursos não reembolsáveis, segundo dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop), consolidados pelo Observatório do Clima.

Esse dinheiro, que gira em torno de R$ 4,5 milhões, é gerido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Já o restante dos recursos, que correspondem a R$ 24 bilhões, são administrados pelo BNDES e direcionados para empréstimos. A maior parte vai para a indústria (57%) e infraestrutura (38%), e o restante para o comércio (4%) e a agropecuária (1%).

As empresas de grande e médio porte recebem 98% desses empréstimos.

MinC realiza encontro com gestores de equipamentos culturais e grupos artísticos no Rio de Janeiro e Belo Horizonte

Espaços de diálogo têm o objetivo aproximar a gestão federal do setor cultural e debater sobre temáticas relacionadas ao mecanismo de fomento indireto

O Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic), realiza, em 18 e 19 de novembro, encontros com gestores de equipamentos culturais e proponentes representantes de grupos artísticos e coletivos no âmbito da Lei Rouanet. Facilitado pelo secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Henilton Menezes, os eventos ocorrerão no Rio de Janeiro (RJ) e em Belo Horizonte (MG) e objetivam aproximar a gestão federal do setor produtivo cultural e dialogar sobre temáticas relacionadas ao mecanismo de fomento indireto.

A metodologia de análise de projetos incentivados, a evolução de investimentos oriundos de renúncia fiscal e a construção da nova Instrução Normativa (IN) da Lei Rouanet, entre outros tópicos, serão abordados durante os encontros na região Sudeste.

Para o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Henilton Menezes, as agendas oportunizam o acesso democrático aos recursos da Lei Rouanet e o atendimento de demandas dos segmentos culturais. “Os encontros têm objetivo de ampliar conhecimento da dinâmica de produção cultural no País, de forma a buscar atendimento às demandas apresentadas pelos diversos setores, sem perder de vista o cumprimento das regras de controle e transparência que garantem o correto uso dos recursos públicos oferecidos pela Lei Rouanet, bem como o acesso democrático aos seus resultados pela sociedade brasileira”, destacou.

Sujeitos à lotação, os eventos serão realizados no auditório do Museu do Amanhã (Gestores de Equipamentos Culturais) e no foyer 2 da Sala Minas Gerais, sede da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais (Grupos Artísticos e Coletivos). As inscrições podem ser realizadas por meios dos links abaixo:

SERVIÇO

Encontro com Gestores de Equipamentos Culturais sobre a Lei Rouanet
Rio de Janeiro (RJ)
Data e hora: 18 de novembro (terça-feira), às 13h30
Local: Auditório do Museu do Amanhã
Endereço: Praça Mauá, 1 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20081-240
Inscrições: bit.ly/encontronorj

Encontro com Grupos Artísticos e Coletivos sobre a Lei Rouanet
Belo Horizonte (MG)
Data e hora: 19 de novembro (quarta-feira, às 14h
Local: Foyer 2 da Sala Minas Gerais, sede da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Endereço: Rua Tenente Brito Melo, 1090, Belo Horizonte – MG, 30180-070
Inscrições: bit.ly/encontroembh

Outras informações
Assessoria de Imprensa MinC

Canal do MinC no WhatsApp

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Ministério da Cultura prorroga o prazo para envio de propostas de desenvolvimento de Territórios Criativos pela Lei Rouanet

Os interessados têm até 30 de novembro para enviarem suas propostas

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Ministério da Cultura (MinC) prorrogou, até 30 de novembro de 2025, o prazo para o envio de propostas voltadas ao desenvolvimento sustentável de Territórios Criativos no âmbito da Lei Rouanet, Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac). A ampliação do prazo foi oficializada por meio da Instrução Normativa MinC nº 26, publicada hoje (13/10) no DOU, que altera a Instrução Normativa MinC nº 23, de 5 de fevereiro de 2025.

A medida reforça o compromisso do Ministério em estimular políticas públicas que fortaleçam os ecossistemas culturais e criativos em diferentes regiões do país, promovendo o desenvolvimento territorial sustentável a partir da Economia Criativa.

As propostas devem ser apresentadas exclusivamente na área de Humanidades, no segmento Territórios Criativos, e enquadradas na tipologia e produto principal “Desenvolvimento de Territórios Criativos”. Cada projeto deverá contemplar um conjunto de requisitos que garantam a consolidação e a sustentabilidade das ações após o término do apoio via Pronac.

Entre as exigências, destacam-se:

•            a delimitação do território que será trabalhado;

•            a realização de programas e ações estruturantes e contínuos, com foco na sustentabilidade do projeto;

•            a identificação das dinâmicas econômicas locais de criação, produção e consumo de bens e serviços culturais;

•            o mapeamento dos ecossistemas criativos e dos seus atores-rede;

•            a proposição de modelos de governança participativos, apoiados em plataformas digitais;

•            a realização de estudos e pesquisas que produzam dados e indicadores sobre a economia criativa;

•            e a qualificação de profissionais, empreendedores e empreendimentos criativos locais.

As iniciativas também devem prever a articulação em rede com instituições públicas e privadas e a participação direta das comunidades locais, fortalecendo a economia criativa e o tecido cultural de cada território.

Para a secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura, Cláudia Leitão, a prorrogação do prazo é uma oportunidade para ampliar a adesão de diferentes regiões do país à política dos Territórios Criativos.

“O Brasil é um país de potências culturais diversas e vibrantes. Cada território tem sua identidade, sua economia simbólica e sua rede de criadores e empreendedores. Prorrogar o prazo até 30 de novembro é dar mais tempo para que esses agentes possam construir propostas sólidas, que articulem cultura, inovação e desenvolvimento local. Queremos estimular projetos que deixem legados permanentes para os territórios e que fortaleçam a economia criativa como vetor de sustentabilidade”, destacou a secretária.

Com essa prorrogação, o MinC busca ampliar a oportunidade para que pessoas jurídicas com finalidade cultural, com e sem fins lucrativos (exceto de MEI) possam desenvolver propostas estruturantes, capazes de transformar territórios em espaços vivos de cultura, inovação e desenvolvimento econômico inclusivo.

© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

COP30: sustentabilidade começa nas pequenas decisões de consumo

Educação ambiental ajuda a transformar políticas em realidade
© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Cada vez mais próxima, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima ganha destaque nos noticiários, no debate público, nas conversas entre os brasileiros. A COP30 está marcada para novembro, em Belém do Pará. Mas você sabe qual a importância dessas negociações climáticas na nossa vida cotidiana?

Essas discussões podem parecer distantes para quem não participa diretamente delas, mas cada decisão tomada nas COPs afeta o dia a dia de todo mundo: desde a qualidade do ar que respiramos até o preço da comida e do custo de vida, como explica o diretor-geral do Instituto Akatu, Lucio Vicente.

O que acontece nessas negociações se traduz, obviamente, em políticas públicas, investimentos e compromissos que determinam se vamos ter acesso, por exemplo, à água limpa, se vamos sofrer mais ou menos com enchentes, secas, ondas de calor, ou seja, é o futuro do planeta, mas também é o futuro da nossa vida, né? Como como seres humanos e, obviamente, de outros seres vivos que conosco coabitam o planeta Terra.”

Lucio lamentou que um dos pontos pouco presentes nos debates oficiais seja o consumo — que conecta as pessoas aos sistemas produtivos e é responsável por grande parte das emissões de gases de efeito estufa.

“Isso é uma contradição, porque as nossas escolhas de consumo, elas moldam os mercados, né? Pressionam as empresas e até influenciam essas mesmas políticas públicas. Por isso que levar o consumo consciente para o centro da agenda é fundamental porque não é só sobre governos decidirem metas, é também sobre como cada cidadão pode, com as suas escolhas diárias, ajudar a transformar essas metas em realidade.”

Além da importância de pensar antes de comprar, o diretor-geral do Instituto Akatu destaca que é preciso questionar de onde as coisas vieram, como foram produzidas. Nós, consumidores, também somos cidadãos e profissionais que tomam decisões em empresas, no governo… E essas decisões têm peso sobre a questão climática.

“Decisões sobre como o produto é desenhado, como ele foi produzido, quais são os materiais que foram utilizados, como funciona a logística de transporte desses produtos, as embalagens que foram utilizadas e a até a forma como a gente comunica o consumidor, as pessoas que vão de alguma forma utilizar esses produtos e serviços que a gente oferece. Quando uma empresa toma melhores decisões, ela reduz impactos ambientais, evita desperdícios e se torna parte da solução. E cada pessoa que tá lá dentro, né, dessas empresas, dessas organizações, pode puxar esse movimento e fazer com que esses impactos sejam melhores pra sociedade e pro meio-ambiente.”

Lucio aponta seis passos simples para pensar no consumo consciente:

“Primeiro é perguntar por que comprar, se realmente a gente precisa disso que a gente tá querendo comprar. Depois, o que comprar, escolhendo versões mais duráveis, reparáveis e sustentáveis. Na sequência, como comprar, considerando compartilhar, alugar e até comprar de segunda mão. O quarto passo é de quem comprar, dando preferência a produtores, dando preferência a marcas empresas que são comprometidas com as questões socioambientais. O quinto é como usar cuidando para evitar o desperdício, aumentar a vida útil, consertar as coisas ao invés de descartar. E por último, como descartar. Depois do uso que a gente teve de bens e serviços, como é que a gente dá o destino correto? Como é que a gente pode direcionar para reciclagem?”

Outras decisões do dia a dia nas cidades, como optar pelo transporte coletivo e reduzir o uso de descartáveis; ou no campo, como usar a água de forma mais eficiente, diversificar culturas e reduzir uso de agrodefensivos, são escolhas impactam na questão climática, afirma Lucio Vicente.

“Tanto o produtor quanto consumidor fazem parte da mesma cadeia. Quando o campo, por exemplo, adota práticas sustentáveis e a cidade valoriza esses produtos, a gente cria um círculo virtuoso que beneficia todo mundo, o meio-ambiente, a economia e a sociedade.”

Segundo Lucio, a educação ambiental é a chave para entender melhor como cada escolha impacta no meio ambiente, no clima e na vida de cada um.

A educação ambiental não acontece só na sala de aula, dentro da empresa, mas também em casa, no trabalho, nas ruas, em cada decisão de consumo, em cada decisão do sistema produtivo. É um aprendizado que começa na infância e acompanha todos nós durante toda a nossa vida adulta, renovando as práticas e consequentemente fazendo com que a gente seja sempre  um impulsionador de mudanças e também reinserindo na nossa mente novas formas que sejam colaborativas e consequentemente mais impulsionadoras de mudanças positivas.”

A COP30 começa em 10 de novembro e tem atividades até dia 21, em Belém, no Pará. Antes do início da conferência, ocorre a Cúpula de Chefes de Estado, em 6 e 7 de novembro. A estimativa é de que a capital paraense receba cerca de 40 mil visitantes durante os principais dias do evento. Acompanhe a cobertura especial da Conferência do Clima.

SESI Lab promove seminário para debater o impacto de parcerias e patrocínios nos museus

Fonte: Portal da Indústria

 

Evento gratuito ocorre no dia 21 de outubro e reúne representantes de museus de peso, como Inhotim, Pinacoteca de São Paulo e Museu do Amanhã

 

Foto: Iano Andrade / CNI

SESI Lab realiza no dia 21 de outubro a terceira edição do seu Seminário de Pesquisa, evento gratuito que busca aprofundar discussões sobre temas de interesse da área de museus e suas práticas. Neste ano, o encontro questiona de que forma parcerias, colaborações e patrocínios impactam a manutenção das atividades dos museus. A programação conta com palestras e mesas-redondas voltadas à profissionais da área, pesquisadores e interessados no tema.

“O Seminário de Pesquisa SESI Lab chega à terceira edição reafirmando o papel dos museus como espaços de produção de conhecimento e de construção coletiva. Discutir parcerias e colaborações é essencial num momento em que as instituições culturais precisam reinventar seus modos de existir, buscando novas formas de sustentabilidade sem abrir mão de sua missão pública”, explica Luciana Conrado Martins, coordenadora de Ações Educativas e Pesquisa do SESI Lab.

A programação reúne representantes de importantes museus do país – como Inhotim, Pinacoteca de São Paulo e Museu do Amanhã – e profissionais de empresas como Cielo, Telefônica Brasil e Fundação ArcelorMittal para debater gestão, investimento, responsabilidade social e curadoria das ações dos museus.

A primeira edição do Seminário de Pesquisa do SESI Lab, realizada em 2023, debateu metodologias e práticas de investigação museológicas nas áreas de educação museal e cultura digital nos museus. No ano seguinte, a segunda edição teve como tema museus e territórios, promovendo diálogos importantes sobre a relação entre museus e seus contextos.

SESI Lab promove seminário para debater o impacto de parcerias e patrocínios nos museus

Confira a programação do 3º Seminário de Pesquisa do SESI Lab:

21 de outubro (terça-feira)


9h – Credenciamento


9h30 – Palestra de abertura: “Desafios das parcerias nas ações finalísticas do museu”

  • Fernanda Castro, presidente do IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus)

10h30 – Coffee break


11h – Mesa-redonda: Gestão, parcerias e patrocínios 

  • Ricardo Piquet, diretor-geral do IDG (Instituto de Desenvolvimento e Gestão)
  • Paulo César Garcez Marins, diretor do Museu Paulista da USP
  • Gabriela Moulin, diretora-executiva do Instituto Tomie Ohtake

Mediação: Carolina Vilas Boas, coordenadora de Exposições e Ações Culturais do SESI Lab 


13h – Almoço


14h – Mesa-redonda: Investimento e responsabilidade social 

  • Daniel Poli, gerente-executivo de Sustentabilidade, Diversidade e Impacto Social da Cielo
  • Odecir Costa, diretor de Fomento Indireto do Ministério da Cultura
  • Fabiano Carvalho, gerente sênior de Relações Institucionais da Vivo
  • Catarina Lutero, gerente de Investimento Social da Fundação ArcelorMittal

Mediação: Cândida Oliveira, gerente de desenvolvimento institucional do SESI Lab 


16h – Coffee break


16h30 – Mesa-redonda: Curadoria das ações do museu em articulação com parceiros e patrocinadores (exposição e educação) 

  • Gabriela Aidar, gerente de Ação Educativa da Pinacoteca de SP
  • Camila Oliveira, gerente-geral de Conteúdo do Museu do Amanhã
  • João Paulo Andrade, gerente de Educação de Inhotim

Mediação: Luciana Conrado Martins, coordenadora de Ações Educativas e Digitais do SESI Lab